Texto escrito por Eliana da Luz Silveira
Chego nesta porteira, e olho este caminho... Parece que as lembranças brigam entre elas: cada qual quer chegar primeiro e ser a mais marcante...
Viro as costas e vou embora... mas somente as costas se viram, pois a alma se inunda numa saudade sem nome...
Texto escrito por Eliana da Luz Silveira
Nos meus sonhos passeio por lá... especialmente num deles, entrei e o teto estava desabando. Esgueirando-me entre os destroços, eu tentava colocar o teto novamente no seu lugar... e me sentia impotente. Sentimento muito forte, acordei muito angustiada. Fazer o que com um sentimento desses? Hoje percebo que este sentimento ou parecido com ele, é comum entre os membros deste grupo. Passei tantos momentos bons neste lugar... são tantas lembranças maravilhosas... Eu e Sandra (do Vandinho) ensaiamos as crianças para dançar as músicas da Xuxa e do Balão Mágico... realizamos a apresentação num final de ano... Ainda tenho na lembrança a letra: "Mãe, me dá um dinheirinho? Eu tô a fim de namorar... Não sei, não sei, Não sei, se é pra casar"... Doces lembranças... hoje algumas daquelas crianças são mães, pais... Um dia estava fazendo uma palestra para novos empregados numa empresa (comércio) em Pelotas, quando acabou, uma participante me perguntou se eu a conhecia... falei que talvez, mas não estava lembrando... ela disse: Sou uma "xuxinha"... Que momento!
Texto escrito por Dilva Luz
Durante muitos e muitos anos, eu sempre sonhava que estava morando novamente no "rancho", do qual o meu querido pai Norberto Gomes relutou tanto em sair. Nos meus sonhos a gente sempre voltava a morar lá, embora o "rancho" estivesse cada vez mais decadente... Nos últimos sonhos, vilas estavam se formando ao redor do rancho e não havia mais espaço pra ele.... KKKKKKKKK
Texto escrito por Dilva Luz
Eu também estive lá há alguns anos atrás... fui dirigindo o carro no meio do mato, até onde era a sede da central! Que dor no coração! Depois tentei ir até onde era o "rancho" e a "Barragem" onde moravam meus tios Lino e Neli e meus primos (quase irmãos Cleusa Luz. Leusa, Lino Omar e Eliana Da Luz Silveira... tudo irreconhecivel! Só ficaram as doces lembranças...
Texto escrito por Helio de Jesus Madruga
Que legal estava esperando aparecer um foto da sede do Agrisul para voltar no tempo e recordar quantos momentos felizes eu vivi nas dependências desse querido clube tais como: Foi aí dancei minhas primeiras musicas ao som dos Play Boys, Santos, Velascos e outros, foi aí que vesti minha primeira camiseta de um clube de futebol, foi ai que tomei gosto pelo jogo de Bocha vendo João Porteiro, Silvio Macedo e Cia jogarem, foi aí numa noite de baile que iniciou-se um namoro que já dura quarenta anos e também foi aí que eu vibrei muito vendo FELIX, CARLOS ALBERTO, BRITO, PIAZA E EVERALDO, CLODOALDO E GERSON JAIRZINHO, PELÉ, TOSTÃO E RIVELINO serem os melhore do mundo na copa do mundo de 1970.Isso ninguém consegue apagar de nossa memória, tempo bom que não volta mais, mas que caminha conosco no pensamento
Texto escrito por Edegar Medeiros
plageando um pouco o Helio Jesus,foi aí que começou a escola Margarida Gastal;foi aí que começou a minha alfabetização;foi aí que assisti a primeira televisão;tantas coisas aconteceram aí que eu fico me perguntando;quem não tem um fato relevante que aconteceu ali?????
Texto escrito por Mirta Beskow
FALAR DESSE LUGAR É FALAR COM A ALMA, É SENTIR COM O CORAÇÃO, É RETORNAR NO TEMPO, É SENTIR SAUDADES E SORRIR AO LEMBRAR DAS PESSOAS, DOS LUGARES, DOS PASSEIOS DE BICICLETA...PIQUINIQUES...ESCOLA MARGARIDA GASTAL...DAS BRINCADEIRAS...DOS AMIGOS. É FECHAR OS OLHOS E VOLTAR NO TEMPO, SÃO LEMBRANÇAS QUE FICAM E SÓ AQUELES QUE TIVERAM UMA INFÂNCIA FELIZ SABEM E SENTEM O QUE EU DIGO...
Texto escrito por Juan Koschier Ribeiro
NÃO É APENAS UM PEDAÇO DE TERRA, OU UMA CASA QUE ALGUÉM MOROU. SÃO HISTÓRIAS MOMENTOS VIDAS QUE COMEÇARAM E TERMINARAM ALI !!! NA QUELE HUMILDE LUGAR, QUE TODOS NÓS FAZEMOS PARTE, OS QUE MORARAM OS QUE VISITARAM E OS QUE SÓ OUVIRAM FALAR, POIS BEM AS BOAS LEMBRANÇAS NOS VEM A MEMORIA QUANDO FALAMOS NA EMBRAPA, CENTRAL EM FIM CONHECEMOS ALI PESSOAS QUE MARCARAM NOSSAS VIDAS COMO MEU AVÔ QUE CONHECEU MINHA VÓ NA EMBRAPA CRIARAM SEUS FILHOS, FIZERAM AMIZADES. EU SOU JOVEM MAS VIVI O SUFICIENTE PARA DIZER QUE A EMBRAPA FAZ PARTE DA MINHA VIDA MOREI NA CENTRAL LOGO QUE NASCI, E APRENDI A ANDAR DE BICICLETA NA RUA QUE VAI PARA O AVIÁRIO ONDE HOJE É O PRÉDIO DA ZOOTECNIA ISSO É TER UMA VIDA, UMA HISTÓRIA . COM CERTEZA VOU TER O QUE CONTAR NO FUTURO! FICO FELIZ POR FAZER PARTE DE TUDO ISSO
Texto escrito por Veronica Brasil Duarte
bonow fui mora na central com 8 anos o que me lembro era ambiente familiar que não eramos só vizinhos era uma grande família que nós podíamos sair e deixar casa aberta que estaria tudo como deixamos... na época existia atras da minha casa tipo associação que tinha jogos era divertimento dos nossos pais até nossos nós crianças no verao ficávamos até tarde na rua andando de bicicleta ou jogando bola pq não tinha perigo algum além dos campeonatos de futebol que acontecia ,,,e as festas que juntavam todos...central quem viveu lá sabe não era uma vila sim uma grande família que ajudavam uns aos outros e marco na vida de todos que podem viver lá eu tive melhor infância e adolescência por que ali sei como poder aproveita vida com tranquilidade ter amigos que ficaram até hoje na minha vida e no meu coração...
Texto escrito por Iracema Beskow
Quando meu pai foi para o INSTITUTO AGRONÔMICO do SUL , só tinha esta casa e a outra que foi o primeiro colégio , depois AGRISUL , estas casas eram da fazenda anterior . O restante foi sendo construído , nascí em uma casa de madeira em frente ao edifício sede onde tem uma torneira , tudo estava sendo construído , até mesmo o edifício sede . Havia algumas barracas de palha para moradia dos primeiros funcionários ,algumas lembro , meus pais contavam que até mesmo no portão de entrada , a do Sr. João porteiro e do Sr. Dutra , estas eu não lembro como a nossa casa de madeira e a construção do EDIFÍCIO sede , mas foi um lugar de aconchego para seus moradores , como de importância da pesquisa agronômica para os 3 estados do sul , ali estava a sede , depois foram acontecendo as modificações até chegar a EMBRAPA .Fez parte da minha infância ,então as lembranças são muitas ...
Texto escrito por Fabiana Jeziorski
Hoje fui na minha querida Embrapa! que saudade de quando morava lá! faria qualquer coisa pra voltar! Melhor lugar para criar os filhos não há.... também foi uma tristeza ver o descaso a destruição infelizmente esta sem vida... quando entrei e ví o coleginho mil coisas se passaram pela minha cabeça mil lembranças... por cada casa que passava lembrava das pessoas que lá moravam... que saudade....
Que dor de ver a casa que eu morava, que o meu cunhado (Bibinho ou mais conhecido como Ganso) cuidava tão bem daquele jardim lindo a grama sempre cortadinha... hoje foi uma dor ver a casa destruida a arvore que tinha parece de filme de terror tudo sem vida.... #tristezaprofunda... mas mesmo assim eu gostaria de voltar! #amoaEmbrapa!
Texto escrito por Adão Bilhalva
Minha mãe,in memoriun)Orlandina Gouvêa Bilhalva,sem muita capacitação na area de enfermagem,aprendeu com a vida,com a necessidade de atender,com apoio de seu tio Rivia Davia Carrico,na época emfermeiro e massagista do Gremio Esportivo Brasil.Atendia as pessoas que precisavam de seus serviços,atendendo sem olhar horario,lembro que de um que por varias noites vinham busca-la para aplicação de injeção com horario marcado a noite,a pessoa atendida se chama Adão Martirene Dias,que quis pagar pelo serviços não cobrou,e o Adão não conforme acabou lhe dando um presente que não recordo,assim agradecendo pela atendimento que recebeu.
Texto escrito por Francisco Grillo
As pescarias que eu eo pai fazíamos nas casas de bombas abaixo da ponte da central, mas antes tínhamos que chegar na casa do senhor Ataídes, para tomar uma água fresca tirada da cacimba,e aí o pai começava a conversar e não parava mais e eu louco para pescar eu sempre tinha assunto, eu ia na frente aí o pai tinha que me acompanhar, traíras sempre se tirava bastante, no final da pescaria tia que retornar a casa para deixar uns peixes para o senhor Ataídes e mais conversa,são essas pequenas coisas que forjam o caráter de um homem, obrigado pai por esses momentos aonde quer que tu estejas.
Francisco Grillo: Em casa só se tomava café com pão feito em casa, quando a mãe ia passear na Dona Dilma era com pão da venda ,que pão bom era coisas de crianças.
Texto escrito por Leca Sandrini
Falando do Russo, tambem aos sabados eu ia ao açougue que ficava na cooperativa ele sempre esperava para conversar claro sobre cachorros adoro
Não esquecer de falar no silo da cooperativa. Para que servia?
Texto escrito por Nara de Oliveira Fabres
Como já comentamos, longe deste chão fechamos os olhos e as lembranças fluem, e as lágrimas nos molham a face, a lembrança de momentos do nosso primeiro amor, do perfume das acácias são coisas que jamais se apagarão da nossa memória...bjs a tds!
Texto escrito por Leda Reis Terres:
Esta foto linda que ilustra a página me inspirou a escrever. Quando nós os mais experientes do grupo afirmamos que eramos felizes que tivemos uma infância sadia, divertida e cheia de brincadeiras, os nossos descendentes não podem avaliar a dimensão dos sentimentos que nutrimos por este lugar , a não ser através das nossas descrições e fotos postadas. Nenhum filósofo que tente descrever a emoção que sentimos , não conseguirá pois isto é sentimento interno ,um sonho,uma realida...de que ,que nó vivenciamos, só nós somos capazes de descrever. Por isto é muito importante que tenhamos parte desta trajetória registrada,alguma coisa se perdeu e não podemos recuperar. Mas ainda temos tempo colaborando , ajudando o Luis a perpetuar nossas memórias.Só não podemos nutrir nenhum sentimento de tristeza e sim de orgulho por fazer parte desta história. "Pois quem nega ou renega as suas origens não é digno de vivenciá-las" (Leda Reis Terres).
Texto escrito por Edegar Medeiros:
O MEU DESTINO
Eu, assim como muitos filhos de pioneiros do IAS,cresci junto com as inúmeras construções,que a cada dia despontavam no horizonte de uma nova comunidade que ali se formava.Infãncia pobre,mas nunca faltou o que comer nem o que vestir,adolescência feliz,embora extremamente tímido,conseguia me realizar através do futebol ...e como jóquei, sem saber qual dos dois gostava mais.Depois da passagem obrigatória pelo exército(nesse período interrompi meus estudos no ginasial)trabalhava seis meses por ano;isto é três tinha verba,e ficava mais três esperando fosse liberada essa tal de verba(quatro)que era assim chamada naquela época.Surgiu a oportunidade de me transferir para POA através da BM, isso la no começo do ano de 1970;la conheci minha esposa e nasceu nossa primeira filha;vivemos por la ate 1980 quando voltei a Pelotas para dar assistência ao meu pai, que tinha sido vítima de um AVC.Viemos para ficar um ano,mas como o velho João porteiro não se recuperou acabamos ficando por aqui.A minha esposa trabalhava no comércio,e eu em 1983 voltei a trabalhar la onde fui criado,no antigo IAS,depois IPEAS hoje EMBRAPA. Por isso o título deste artigo,acho que foi o DESTINO que me trouxe de volta,eu precisava conhecer outros mundos para saber que aqui onde fui criado era o paraíso,aqui estão as minhas raízes,meus amigos,a minha história...
Texto escrito por Paulo Neves Bonow
“Houve uma Vez um Verão”
Alguém escreveu que “na vida de todos já houve um ‘verão de 42”.
“Verão de 42” é o título original de “Houve uma Vez um Verão”, filme que conta uma história verdadeira entre três adolescentes e uma jovem casada, bela, com vinte e poucos anos, solitária em uma casa de praia, vez que o marido encontrava-se no front da Segunda Guerra. O protagonista, um garoto de 14 anos era desajeitadamente tímido e púbere; considere-se a iniciação de todo adolescente masculino, a mudança significativa dos hormônios, a necessidade de afirmação...
Faço a digressão para justificar o título e explico.
Acontece que, instado a registrar reminiscências do Instituto Agronômico do Sul, percebo nitidamente as nuanças da minha adolescência com o predomínio do aspecto psicológico, extrato das minhas vivências; de modo que o título escolhido deve ser interpretado por semelhança entre coisas diferentes: sim, o “Verão de 42” não teria nada a ver com as minhas histórias; a não ser pelo fato da adolescência e outro, significativo, que é a fugacidade do período: olhando para trás, já bem distante da minha mocidade, percebo que as memórias da minha adolescência, hoje, são um resquício de muitas férias de verão!
Aliás, não nasci no Instituto Agronômico, mas bem próximo, na Várzea do Fragata, na casa dos meus avós paternos no verão de 1951; chalezinho de madeira caiada, cozinha, fogão a lenha e fumaça para secar linguiça, dois quartinhos e uma saleta com uma máquina de costurar da marca “CROSLEY”; tudo, sob o chão de terra batida.
Nosso pai ingressara no IAS em 1944, depois de passar pelo “teste” da capina, como certa vez ele me contou. Casou em março de 1950 com a d. Irene; e, com meu nascimento, decidiram morar no “Instituto”.
Entretanto, como não havia casa disponível fomos morar no Hotel (aliás, hotel mesmo). Aqui, segundo d. Irene, também residiram o seu Surnich e d. Helena, o Vanderlei e a Maria, o Gilberto e a d. Alda – esse Gilberto trabalhava com encadernação e era desenhista (artista, quem sabe!) tendo confeccionado, em quadro, a cena de um jogo do Agrisul: tela que emoldurava a parede do coreto da sede do clube. Também morava naquele hotel, e morou por muito tempo, o seu Ataíde; grande figura, solteirão convicto por longa data, e outros... Aliás, todas essas pessoas, menos o seu Ataíde, acabaram por se instalar naquelas duas fileiras iniciais de casas que ficam à esquerda do pórtico de entrada.
Principiavam dias maravilhosos.
Meu primeiro brinquedo inesquecível fora um triciclo.
Recordo que o seu Bonow trabalhava no celeiro, quando não estava no campo. Esse depósito de cereais ficava próximo ao hotel e eu esperava a hora do café para levar-lhe a merenda. Aliás, todos os horários das atividades eram anunciados por uma sirene que ficava no alto da caixa d’água, junto à oficina mecânica.
Em 1958, aos sete anos de idade, ingressei no G. E. Prof.ª Margarida Gastal.
A escuridão aos poucos se desfazia e um mundo novo se descortinava cheio de alternativas. Porém repleto de interrogações e, nestas, uma indecisão vocacional que carrego até hoje; como trago comigo uma gratidão eterna àquelas professoras: d. Tanira, a primeira; d. Neusa Patella com os slides da sua viagem aos Estados Unidos; e d. Irunda, diretora austera.
Cresci por entre os milharais, nos verões inesquecíveis daqueles anos. Recordo da estação, porque via meu pai e a sua turma às voltas puxando água à plantação; aliás, também lembro que essas lavouras ficavam perto da “barragenzinha” e da “barragem grande”, – havia uma rotação anual do plantio – ambas, entre a Central e o Horto Florestal. Outro detalhe que me vem à lembrança diz com a floração do milho que deve receber muita luminosidade; portanto, inconfundivelmente, era uma época de verão.
A propósito da floração, eu observava curioso o pai e o Teodoro Neumann colocando sacos de papel sobre a “boneca do milho” e o pendão, encapuzando-os: faziam a polinização artificial da planta!
Por oportuno, ressalto que o apelido do meu pai era barba de milho.
Por falar em plantas, também me vem à memória a admiração que tinha pelos agrônomos que iam aos Estados Unidos cursar. Sim, Heidrich, Patella, Bertel, Adi, Vernetti, Motta; cientistas que eram auxiliados por nossos pais.
De modo que isto servia de inspiração para se estudar.
Ademais, o porte majestoso daquele prédio da Eliseu Maciel encravado no meio das nossas casas e inaugurado pelo Presidente Juscelino; tudo, tudo conspirava para que nós, filhos dos operários, tivéssemos gosto pelos estudos. Nem falo dos ônibus gratuitos colocados à disposição para levar-nos aos colégios: manhã, tarde e noite.
Ah! Lá pelos meus nove anos de idade, quase dez, fiz a primeira comunhão.
Entretanto, não havia igreja no IAS e os católicos mais influentes, como o Dr. Adi Raul da Silva, aproveitaram a inauguração do prédio da Agronomia e conseguiram permissão para a realização das missas no anfiteatro.
Quanto ao sacerdote atuante, contribuía o fato da residência de um cônego no corredor do Instituto onde, mais tarde, viria a morar o seu Parker com sua numerosa prole.
Alusivo à data, Natal de 1960, se não erro, fora colocada bem no centro do parque – como chamávamos aqueles gramados - entre o edifício sede da administração e o campo do Agrisul, uma cruz de madeira com a inscrição: SALVA A TUA ALMA 24 XXII 1960.
No dia da Comunhão, a autoridade presente mais importante, além do Diretor do Instituto, salvo engano o Dr. Paulo Tholozan Dias da Costa, fora o Bispo D. Antônio Zattera, a quem eu via os homens e as mulheres de véu negro à cabeça beijarem-lhe o anel.
Já taludo, tomei meu primeiro porre no aniversário de quinze anos da Bete do Vanderlei. Foi quando me convenci que a terra girava.
Pesquei no Canal da Central, nas Três Bocas, na Ilha do Boi, no São Gonçalo, na ponte da Central, e peguei muita “chamichunga” na Taipa do Banhado.
No Agrisul, muitas vezes aplaudi a chegada providencial da “cavalaria americana”, nos filmes de bang bang – ainda não tinha lido “Enterrem meu Coração na Curva do Rio”, e chorava de rir com o Gordo e o Magro; na TV, na mesma sala do cinema, vi a novela “ O Sheik de Agadir”, o telecatch “Montilla”, e ao programa “Jovem Guarda” dentre outros....
Como todo adolescente, apaixonei-me algumas vezes, não muitas é verdade: amor platônico, casto; mas eu era tímido e desajeitado de tropeçar parado, como disse certo escritor na sua “Infância, Adolescência e Juventude”, eu era “tímido por natureza; mas a minha timidez era ainda maior devido à convicção de que era feio”. Verdade! Eu era até um pouco complexado... De tal modo que lá do Instituto saí incólume.
É possível que a adolescência vá até aos vinte e um anos de idade.
A minha, entretanto, acabou aos dezoito quando saí da casa dos meus pais para pegar a estrada do “batente”. Principiava o ano de 1969.
Um dia, já menos tímido casei com a minha primeira namorada e meu único amor!
A minha primeira namorada, hoje, é uma estrelinha.
O Instituto Agronômico não é mais um “céu aberto”.
Os verões não são mais como antigamente.
E eu, com saudades, olho para o céu...
Texto de Eliana da Luz Silveira
Era tão bonito... Tão bonito quanto os sonhos de menina... A saudade se torna triste, triste como é o lamento da contemplação do sonho que ficou no vácuo: nem para lá, nem para cá... e que a gente teima em manter por entendê-lo em cores e matizes que se desistidos, deixarão de existir e jamais serão sabidos...
Texto de Nara de Oliveira Fabres
Que triste...fui morar lá qdo tinha apenas 5 anos, saí aos 15 anos e logo depois aos 16 me casei e vim para Camaquã, mas sempre voltava até setembro 1991, qdo então meu pais Edison/Traquéia e Aurea vieram morar em Camaquã...mas a saudade é grd e perdi contato com meus amigos...mas guardo no coração muitas recordações.