O Instituto Agronômico do Sul possui uma história muito rica de personagens. E isto se deve à enorme diversidade de profissões que lá existia: carpinteiros, pedreiros, eletricistas, encanadores, motoristas, mecânicos, trabalhadores de campo dedicados à agricultura, como o cultivo da soja, trigo, milho, batata, feijão, amendoim etc., trabalhadores de campo dedicados às atividades de zootecnia e veterinária, engenheiros agrônomos, auxiliares administrativos, enfermeiros, dentistas. Na medida do possível, vamos tentar lembrar todas essas e outras profissões, bem como os personagens marcantes que ficaram desta história tão rica de elementos.
A seguir algumas delas:
1) História contada por Luiz F. Bonow: Aos domingos, quando tinha jogos do Agrisul, não tinha pencas. Quando tinha pencas em cancha reta (ali, perto do portão da EMBRAPA, no campo), meu avô ia de carroça (aquela de rodas de madeira, envoltas em ferro dobrável), todo de preto (os alemães, em ocasiões especiais, vestiam-se de preto) assistir às corridas. Porém, o que ele queria mesmo era jogar carteado. Embaixo, havia uma cancha de jogo de osso. Naquela época, jogo de osso era proibido. Era uma grande festa: churrasco, apostas, pastel correndo solto. Um fato que ficou na minha memória aconteceu em 1962. Havia uma penca. Bem perto dela, na largada, tinha uma boçoroca. Ali, estavam alguns personagens que, agora, não lembro bem os nomes, com um grande rádio, ouvindo o final do Mundial entre Brasil e a, então, Tchecoslováquia. Quem lembra desses nomes? Eu tinha 10 anos.
2) História contada pelo Gilmar O. Maciel: "Briga de futebol aconteceu lá no jogo do Central e São Geraldo. O saudoso nego Nerso com um canbuim de aproximadamente oitenta centímetros peleava com um sujeito que lhe levava contra o arame com uma adaga saltando este de costas, Saudoso Edegar Castro levou um talho de faca na barriga que dizem que foi para o hospital com a buchada nos braços, o alemão Edegar recebeu a ordem do carne assada que era do time visitante, guri cuida deste cavalo e da charrete e deu de mão num facão se foi a peleia o edegar por sua vez se mandou a La cria só foi encontrado na segunda feira,sendo a parte mais interessante a fuga do fuchi que deu de mão no filho e se boto a corre em direção as casa mais ou menos a uns duzentos metros do evento seu filho gritou para,pai para,pai para por que filho,perdi minha sete vida resposta do pai mais vale uma do que sete guri. Sete vidas – sapatilhas: Esta Historia é com a intenção de provocar que vocês contem a...
3) História contada por Luiz F. Bonow: Turma dos "Culinos", lembrada pelo Claudinei Terres: "Como em toda escola, há sempre um grupo querendo ser o dono do terreno. Na Escola Municipal de 1o. Grau Profa. Margarida Gastal não foi diferente. Surgiu uma turma, guiada pelo Canato (irmão mais novo do João Alberto, João Pedro, Adalmiro, Voca etc.), o qual aglutinou vários alunos, formando uma gangue. Esta gangue ia para a escola no intuito de amedrontar os que dela não participavam, alguns dos quais portavam pedaços de pau. Foi uma espécie de "bullying". Aos poucos, com medo, alunos foram se aglutinando em torno dela. E isso foi amedrontador para alunos pacatos. Porém, certa vez, surgiu outra gangue, que não sei o nome, e colocou os Culinos para correr. Essa gangue era de uma outra parte do IAS e, se não me engano, começou com um grupo que morava perto do Hotel (não lembro, mas acho que um se chamava Claudiomiro). Desde então, não se ouviu mais falar nos Culinos. Aliás, fico pensando de onde surgiu esse nome. Naquela época, associei esse nome ao creme dental Kolynos. Erros à parte, não deixou de ser uma ideia original. Gostaria de perguntar ao Canato (acho que foi ele quem criou esse grupo) de onde partiu essa ideia, esse nome"(História verídica).
4) História contada pelo Neimar V. Terres: "...Reza a lenda que, uma vez treinando o Agrisul, o João Vanderlei perguntou para um jogador do banco: 'Tu estás vendo o Marciano jogar?' (Estou, respondeu o tal jogador reserva). O Pica-Pau, então disse: 'Vais fazer o que ele está fazendo?' (Vou, respondeu o tal jogador). 'Então vais continuar no banco, porque ele não está jogando porra nenhuma...'"
5) História contada por Luiz F. Bonow: Vanderlei pedindo para eu dar pontapé nos tocos, lembrada por Luiz F. Bonow: "O Vanderlei, o Pica-Pau, foi por vários anos treinador do Agrisul. Depois que subi ao primeiro time, jogava de zagueiro e batia muito. Não tinha jogo em que não fosse expulso. Pois bem, certa vez, saindo de casa para ir trabalhar na FAEM, logo ali, onde havia balanços, perto da paragem de ônibus, encontrei o Vanderlei. Ele me chamou e disse (naquela voz gutural): 'Alemão, preciso falar contigo. Não é possível que toda vez que tu entra em campo, o juiz te expulsa. Aí, nosso time fica com um jogador a menos. Eu vou te dá um conselho: antes de entrá em campo, vem aqui (tinha uns tocos de eucalipto), dá uns chute nesses toco que tu vai entrá bem calmo em campo'. Eu fiquei sem entender. Porém, hoje, vejo que, além de treinador, o Pica-Pau era psicólogo, tipo psiquiatra Analista de Bagé. Grande João Vanderlei (História verídica).
6) História contada pelo Claudinei Terres (narrada pelo seu filho Fábio): "O pai contou que uma vez o João Vanderlei estava dirigindo o ônibus e em determinado ponto havia um policial militar de braços abertos (fazendo controle de trânsito). Segundo ele, o seu João (Pica-Pau) parou o ônibus em frente ao policial, desceu e, de braços abertos, igual ao policial, foi ao seu encontro e o abraçou.
7) História contada por Luiz F. Bonow: Costela quebrada pelo Claudinei Terres, lembrada por Luiz F. Bonow: "Certa feita, houve um jogo de futebol de salão na Usina (CEEE), hoje camelódromo. Sim, para quem não lembra, aquele terreno era da, hoje, CEE. E lá havia um campo de futebo de salão, cujo piso era de cimento. Pois bem, fui jogar em um time que acho que era da FAEM (Fitotecnia), contra outro time que, eu acho, era do Departamento de Fitossanidade (FAEM). O Claudinei quase sempre foi goleiro, porém nesse dia estava jogando na "linha". Em uma disputa de bola, ele me deu um cotovelaço que me quebrou uma costela (aquela flutuante). Embora eu fosse bem mais alto, o Claudinei era um baixinho "parrudo", era um toco. Quando senti a pancada, fiquei abaixado, quieto, levando a mão na altura do estômago. Alguns companheiros perguntaram se eu estava bem e eu respondi que sim. Naquela época, levar uma porrada e fazer drama era coisa de "cagão". E, como era muito ignorante, passei o resto do jogo procurando dar o troco. Porém, eu não conseguia mais correr. Porém, fiquei até o final do jogo. Fui para casa com aquela dor aguda e, além disso, no outro dia, fui trabalhar no Departamento de Fitotecnia da FAEM. Trabalhava, também, no dito departamento, o Carmelo Moraes (motorista). Lá pelas tantas, vendo que eu estava com a mão embaixo do peito, ele me perguntou o que estava sentindo, e eu respondi que tinha jogado no dia anterior e recebido uma pancada. Aí, pedi que ele me levasse ao hospital (Miguel Piltcher). Chegando lá, foi constatada uma quebra em uma costela, aquela "flutuante". Naquele tempo, sentir porrada era proibido. Era ter uma espécie de vergonha". Contei isso ao filho do Claudinei. Ele me disse que não se lembra. Hoje, qualquer toque é motivo para o jogador rolar no chão, colocando o árbitro sob suspeita (História verídica).
8) História contada pelo Neimar V. Terres: "Como todos sabem, além de treinador do Agrisul, o Pica-Pau dirigia o ônibus que levava os estudantes para Pelotas. Uma vez foi levar, acho que as professoras do Margarida Gastal, para um curso em Pelotas ou coisa parecida. Na volta, nas esquinas das ruas ... com Av Duque de Caxias, antes da CEE, ele virou a esquerda para pegar a Duque de Caxias quando um ciclista entra na frente do ônibus, ele da uma freada brusca para não pegar o ciclista e grita " O SEU F. DA P.", imediatamente lembra que só tem mulheres no ônibus, olha para traz e se retrata " AS PROFESSORAS ME DESCULPEM, MAS É QUE ME EMBOCE... TODO " reza a lenda...
9) História contada por Luiz F. Bonow: encontro do Chavasca comigo, meu filho (Werner Bonow) e meu pai (Arnold Bonow) na Agrícola. Sempre gostei de ver a exposição agropecuária na Agrícola. Pois bem, certa vez, meu filho, meu pai e eu estávamos entrando em uma das baias das vacas de leite (Jersey). De repente, do outro lado, aparece uma figura de bombachas brancas, camisa branca, chapéu preto, botas pretas (se não estou enganado, este era o perfil do gaúcho que saía aos domigos). E.. o Chavasca, tirando o chapéu, arremata, naquele linguajar seu, dando um tom fino na voz: "Alemãoooooooooo". O pai se desatou numa risada, meio sem jeito, no meio de toda aquela gente. E ele veio e deu um abraço no pai. "Cosa de loco". Coisa de gente humilde, simples e sincera. Ainda hoje lembro daquela imagem. Às vezes, confundimos grosso com autêntico, puro.
10) História contada por Paulo Bonow: "Costumeiramente,o Agrisul e o Central realizavam bailes e o Instituto se refastelava; mas, para se ter acesso, na portaria da sede de cada clube, se deveria mostrar um convite que, além da identificação da família (o nome do "chefe da família") e da data do evento constava o nome do "afinado jazz" que abrilhantaria o evento; também, uma pessoa da nossa comunidade poderia apresentar alguém (confiança). Aliás, tudo para evitar que uma pessoa, uma "china" ("mulher mal falada"), p. ex., pudesse contaminar o ambiente. "Gente de cor" (como se dizia).... Nem pensar! Em um desses bailes no Agrisul, entra um morcego e toca o maior rebu. O Vanderlei, sem mais delongas, manda o "jazz" (orquestra) e tasca na maior... "As mulher que se encoste na parede que os homem vão tirar o bicho prá fora!"
11) História contada pelo Neimar Terres: "Jogo entre Brasil de Pelotas x Inter de POA. O Vanderlei jogava no Brasil e chutava muito forte de esquerda. Um calor terrível em Pelotas e o Vanderlei arrebentando no jogo. Quando termina o primeiro tempo, um repórter da Rádio Gaúcha entra em campo para entrevistar o Vanderlei e pergunta: "Vanderlei, como está o jogo?" e ele responde na lata: "O jogo tá bom, o sol é que está de fudê". Reza a lenda. Observação: Estávamos nos preparando para um jogo na praia, "Praia sete", dentro do ônibus e o Ivar conta esta historia, o Vanderlei que era o treinador entra no momento e diz duas palavras: "Estas fora"...
12) História contada por Luiz F. Bonow: Certa vez fui jogar no Central, junto com o Bolacha no gol. Jogo contra o Verona no campo do Central. Eu era zagueiro e tinha um centroavante do Verona, muito rápido, muito bom e "debochado". De repente, levei um drible dele e ele saiu rindo. Não deu outra. Saí correndo atrás do dito, mas, como era muito ligeiro, não consegui pegá-lo. Depois veio o pessoal do deixa-disso e tudo terminou bem. Inclusive com o centroavante e eu conversando ao final do jogo. Passado alguns dias, o Bolacha e o Marzinho me convidaram para um baile no Fragata. Exatamente no chamado "Bairro Verona" que, na realidade, era apenas umas ruas. Mas, eu não sabia que era na sede do Verona. Entramos, fomos, como de costume, até o bar e, de repente, aparecem uns caras. E um deles era o tal centroavante. Chegou para mim e disse alguma coisa como "eu lembro de ti e aqui é nosso lugar". Putz. Olhei para o Bolacha e o Marzinho e não vi companheirismo. Era como se eles me dissessem: "Te vira". Lá pelas tantas, foi uma gargalhada só. O Bolacha, O Marzinho e eles começaram a rir porque tudo não passou de uma "armação". Eu acho. Eles disseram que era brincadeira, que não tinham nenhum ressentimento. Inclusive, disseram-me: "se alguma guria não quiser dançar com vocês, venham me contar, porque aqui ninguém pode 'dar carão'". História verídica.
13) História contada por Tonilar C. Afonso: Havia um centro espírita que ficava localizado perto da "cacimba", no início do mato que dava para o piquete. Certa vez, o Pompéia, saindo meio tonto da sede do Agrisul, foi dar lá. Como é de praxe, nos centros espíritas sempre há alguém que começa fazendo uma prece. Lá pelas tantas, o orador disse: "Todos nós temos outro por dentro", fazendo menção à rencarnação. Aí, o Pompéia não se conteve e disse: "Ih, já bobeou"! Diz-se que alguém levantou e, passos quietos, pediu para que ele se retirasse do recinto.
14) História contada por Honório Bica: "tem uma do Pompéia, na sede do Agrisul. Estava uma turma de amigos convesando sobre casadas jumto com suas mulheres, onde estava seu Mario bastos com a esposa,falavaõ sobre casada de jacu,estavaõ todos enpolgados ,quado sauto senhor pompeia e dice aja cu para min comer ,isto bebado é clara ,ja vio no que deu ,mario bastos saiu pauzeando pobre pompeia.
15) História contada por Luiz F. Bonow: Sobre Judas e Sexta-Feira Santa: Era comum, em toda Sexta-Feira Santa, a gurizada sair com um boneco de palha e colocar na porta de moradores o "Judas". Certa feita, o Judas foi colocado na casa de um morador tido como "maioral", lutador de box. Quando o Judas foi colocado em sua porta, o mesmo saiu dando tiros e queimou o dito. Certamente que isso lhe lembrou algo de muito ruim que ele havia praticado no passado. Em vez de brincadeira, a coisa se tornou séria. História verídica.
16) História contada por Luiz F. Bonow: "O seu Abilinho fazia rapadurinhas em casa e o Juquinha, eu e mais outros saíamos para vender. Na volta, em vez de dinheiro, nosso quinhão era uma rapadurinha. É verdade.
17) História conta por Luiz F. Bonow: Para comprar cigarros, eu e outra gurizada íamos apanhar pepinos... quem lembra o nome do dono da chácara? Ela, hoje, fica na frente do Cemitério. Além de comprar cigarros, o dinheiro dava para jogar bilhar na sede do Agrisul. À noite, em uma peça que ficava ao lado do salão de baile, perto do "coreto", havia uma mesa de snooker e bilhar. Ali ficava nosso ganho e em cigarros da marca "Que Tal", "Continental", "Presidente", "Tufuma", Hollywood". Tinha até uma frase que dizia: "Que Tal, Presidente, Tufuma Hollywood?".Quem lembra? Os grandes jogadores e "sinuca", se não me engano, eram o Nico e o Tim. Quem lembra?
18) História contada por Luiz F. Bonow: O pai tinha em casa um porco. Para alimentar o dito cujo eu ia até o restaurante da FAEM pegar "lavagem". Quando, enfim, o bicho engordou, o pai e outros que não lembro agora, mataram-no. O que me lembro bem era do grito do animal. Depois, a água fervente, a raspagem com lâmina de barbear, corte do bicho, tripas para fazer linguiça e todo aquele ritual. Certa feita, tive uma chácara em Morro Redondo, onde cultivava milho, abóbora japonesa, pepino, batata inglesa, tinha uma horta com tomates, alface, repolho, couve-flor etc., um pomar de pessegueiros, galinhas (ovos à vontade, porcos, égua, vacas de leite (de onde se fazia queijo), um parreiral, onde fazíamos vinho. Enfim, tudo o que uma pequena propriedade tem. Então, certa feita convidei meu tio (Mário) para matar um porco. O pai, ele e eu chegamos na chácara bem cedinho. Pegamos o bicho, que pesava perto de 100kg, amarramos e o pai mais eu ficamos segurando o animal. Nunca me esqueço. O tio Mário, com toda segurança, enfiou o faca no dito, que nem resmungou. Porém, lembrei do porco que o pai tinha matado na nossa casa, no Instituto. Depois de tudo feito (para matar um porco e fazer tudo o que tem que fazer leva quase um dia - claro, contando que éramos três), água quente para limpar o bicho, lâmina de barbear para tirar o pelo, carneação, feitura de linguiça, morsilha etc., fomos para casa. Alguns dias depois, minha mulher inventou de fazer o porco, isto é, assar. Não consegui comer. O mesmo aconteceu com patos e galinhas. Não conseguia comer. Quem lembra da fazenda da Vó Donalda? Pois é, olhava para o prato e pensava: bah, vou comer um amigo, um ente querido. E, claro, ficava com fome.
19) História contada por Luiz F. Bonow: Aos domingos, reuniam-se em nossa casa e em outras, meu pai, Arnold, meu tio (Helmuth, às vezes), meu avô (Adolf), o Schwartz (não lembro o nome, mas era um negro encanador que falava alemão), seu Beskow (às vezes), e outros que não lembro mais. Quem lembra? Eles se reuniam para jogar a "bisca". Neste jogo se usa o baralho espanhol e é integrado por quatro participantes. O "mão" e mais três. A cada rodada, muda o "mão". O "mão" é quem dá as cartas. Sorteadas as cartas, alguém diz: "O trunfo é tal". O que quer dizer isso? Quer dizer que, a partir daquele momento, esse que fala (presume-se) que detém as melhores cartas daquele naipe que ele sugeriu como "trunfo". Logo, os outros dois se unem, fazendo uma dupla para vencer o que tem o "trunfo". Daí, surgem os gestos, os quais são acompanhados por todos. Quer dizer: um olho no peixe e outro no gato. O sujeito fica olhando suas cartas enquanto fica passando o olho para ver o que os outros dois estão "tramando" Por que concentração? Porque cada carta que sai tem que ser memorizada para saber quais as que sobrarão no final, no intuito de jogar cartas em branca e esperar o melhor momento para jogar as cartas "valendo". Jogo extremamente interessante, difícil. Eu lembro que só ouvia "mmmuuhhumj....hummmuummuuhm..
20) Conta uma história que havia um morador mentiroso que disse que tinha viajado de avião. Porém, certo dia, um avião sobrevoando o céu do Instituto, ele disse: "Um dia hei de andar de avião".
21) Conta, também, uma história que o dito disse que foi fazer uma pescaria na fronteira entre Brasil e Uruguai. Andou tanto que se perdeu. E agora, onde estou? Foi quando ouviu quero-quero gritando "quiero-quiero" e pensou: bom, pelo menos sei que estou no Uruguai.
22) História contada pelo Laco: Havia um morador no IAS que tinha se mudado lá pelos lados da Central (não é bem na Central) para a parte de cima, onde fica hoje a sede da EMBRAPA, na vila dos moradores que fica à esquerda de quem entra no portal. Bueno, esse morador era do tipo que, quando chegava em casa, depois do trabalho, a mulher fazia tudo pra ele. A primeira coisa que ele fazia quando chegava da labuta era se sentar em um toco, com o cusco ao lado. Logo em seguida vinha sua mulher com o mate pronto e com uma chaleirinha chiando. E ela ficava esperando que ele desse a primeira bebericada para ver se estava a gosto. Pois um dia, a mulher lhe serviu o mate. O dito deu uma sorvida e puf... deu uma cuspida que saltou em cima do cusco que saiu gritando: caim, caim, caim... Diz-se que o animal chegou a perder o pelo. O tal morador olhou para a mulher e disse: "mas não é possível, a água tá fria". Disseram que foi verdade.
23) História contada por Luiz F. Bonow: É, eu acho que meu tio Alberto Becker (Bequinha ou Beca) também participava dos jogos de bisca. Normalmente, eram quase que só Deutsch que participava do carteado. Inclusive, era interessante porque eles passavam praticamente todo o domingo e não se ouvia um "pio". É que o jogo da bisca tem que ter concentração, tem que se decorar toda carta que cai na mesa. O interessante eram os gestos para se comunicar. Isto é, passar informações para o companheiro. Mais interessante ainda é que a cada rodada o companheiro poderia ser diferente. Mas, sobre os gestos, quem lembra? Por exemplo, dar uma puxadinha na ponta da orelha, coçar o nariz etc. Mas, tinha dois alemães que moravam no IAS que também participavam do jogo. Não lembro seus nomes.
24) História contada por Luiz F. Bonow, sobre separação de classes no IAS: Todos os que viveram no IAS devem lembrar de vários casos de separação de classes. Por exemplo, à esquerda de quem entre no portão havia várias casas parecidas. Eu nunca consegui entender essa lógica. Por exemplo: nós morávamos nas casas mais simples. Geralmente, as casas que ficavam na frente da rua principal (aquela paralela ao campo do Agrisul) eram melhores, mais bonitas. A primeira e a segunda casa de cada rua eram geminadas, porém eram casas boas. Já a terceira, que era o caso da nossa, era casa com pátios grandes porém pequenas (mais ou menos uns 760-70 metros quadrados de área construída). Já as casas no final da vila também eram boas. Então, as casas das ruas 1 e 2, com exceção das duas primeiras, eram pequenas. Porém, a partir da terceira rua, as casas eram melhores que as nossas, porém, ainda menores que as primeiras. Depois vinha a sede do Agrisul. Daí para frente, a partir da casa da Baronesa até a hidráulica (perto da oficina) era praticamente um território que a vassalagem não podia trafegar, pois ali moravam o Diretor (casa na esquina da Baronesa) e os engenheiros agrônomos. Alguns funcionários da área administrativa moravam atrás. Quer dizer, havia separação de classes. Na nossa vila moravam trabalhadores do campo, pintores, carpinteiros, mecânicos, motoristas. Nas casas da rua da Baronesa moravam engenheiros agrônomos e o diretor. À direita, em frente à Escola Margarida Gastal, também moravam engenheiros agrônomos (casas com lareira, escritórios, jardins de inverno). Como disse acima, nunca entendi essa lógica. Claro que, notoriamente, o IAS foi construído com a ajuda dos E.U.A. pós-guerra, para terem aliados contra a ex-CCCP (União Soviética). Havia um programa dos Estados Unidos para a América Latina chamado USAID. Através desse programa, eles injetaram dinheiro em vários países, principalmente no Brasil, por sua extensão territorial. Foram enviados para cá ônibus, jipes, camionetes, material de escritório etc. Não sei se ainda existe a oficina, mas se ela existe deve haver por lá esses carros. Entretanto, acho que quase todos foram a leilão. Essa e outras histórias pretendo contar para resgatar a memória do IAS, IPEAS, EMBRAPA, Agrisul e Central através do site www.luizbonow.comunidades.net.
25) História contada por Luiz F. Bonow, sobre separação de classes no IAS: Havia no IAS uma cooperativa que ficava localizada perto da vila dos lagartos e da olaria dos Tim. Para chegar lá, a gente tinha que passar pela rua dos agrônomos. Porém, paralela à vila dos agrônomos havia outra rua que eu usava para chegar na cooperativa. Essa rua ia dar na oficina. Era um suplício para mim ir até a cooperativa para comprar pão, pois eu tinha que passar perto da rua dos agrônomos, que torciam o nariz para nós. Para quem lembra, havia uma quadra de tênis, muito bonita, paralela ao campo do Agrisul. Ela era cercada por ciprestes altos, de maneira que dificilmente alguém conseguia enxergar quem lá estava jogando. A quadra era de saibro, cerca por tela. Nós, os vassalos, ficávamos olhando de longe chegarem aqueles carros antigos de onde desciam as mulheres e os homens vestidos de branco. Não tenho certeza, porém, o mentor da criação dessa quadra de tênis foi o russo, naturalizado brasileiro, Bertels (acho que fitossanitarista) e sua mulher. Ele havia fugido da Revolução Russa. Depois de sua aposentadoria, fez aquela casa, muito parecida com a sua, na Avenida Eliseu Maciel. O seu carro, importado, já na época era automático. Quem lembra? Com quem ficou essa casa? Ela, hoje, parece abandonada. Seu Valdemar Terres era seu braço direito e, depois, seu filho (?). Quem lembra? Essas e outras histórias são contadas em https://
26) História repassada para Fabiano e Aline contada por Vanderlei Terres (Vando) sobre o Dr. Bertls: O nome completo dele é Andrej Bertels Menschoy nasceu na União Soviética em 25 de fevereiro de 1905. Formou-se em Engenharia Agronômica em 1930 pela Universidade de Belgrado. Realizou o curso de Pós-Graduação na Universidade de Munique com a apresentação da tese "Efeito do DDT sobre o sistema nervoso dos insetos" em 1946. Em 1948 mudou para o Brasil fixando residência em Pelotas-RS, onde começou a trabalhar no Instituto Agronômico do Sul que posteriormente foi transformado em um órgão da Embrapa denominado de Uepae - Pelotas, atualmente Embrapa Clima Temperado. Foi professor convidado da UFPEL e UCPEL onde foi honrado com o título de Professor Benemérito em 1968. Em 53 anos dedicados à pesquisa reu...niu um "curriculum vitae" invejável. Além do interesse pela pesquisa tinha como característica marcante a simplicidade de viver até que em 1955 foi acometido de grave enfermidade, sendo diagnosticado como câncer no aparelho digestivo, porém sua persistência pela vida o levaram ao maior centro médico do País em São Paulo, onde os exames revelaram tratar-se de acúmulo de cloro orgânico em seu organismo, cujo diagnóstico estava absolutamente correto, pois foi o primeiro homem a aplicar o poderoso DDT nas lavouras da Alemanha cerca de 10 anos atrás. Após um período de tratamento e desintoxicação restabeleceu-se plenamente e seguiu sua trajetória natural de pesquisador. Sua sala de trabalho ficava ao lado dos experimentos com o propósito de ver, pela janela, o crescimento das plantas diariamente. Desta forma dedicou todo seu tempo à ciência e à pesquisa. A sua esposa Tatiana Menschoy (falecida em 1983), segundo ele, cuidava de todas as coisas de que não gostava, a exemplo do dinheiro. Faleceu em Pelotas, RS em 2 de fevereiro de 1989 vítima de derrame cerebral, deixando além de uma valiosa coleção de insetos preservada pela EMBRAPA e uma vasta biblioteca particular doada à biblioteca da UFPEL. (Informações retiradas da homenagem oferecida para o Dr. Bertels pela Sociedade Entomológica do Brasil durante o XX Congresso Brasileiro de Entomologia - Gramado, RS 5 à 10 de setembro de 2004).
27) História contada por Edegar Medeiros sobre o Dr. Bertels: Eu devia ter uns 14 ou 15 anos por aí,nessa época eu trabalhava na entomologia;certo dia o dr Bertels me convidou para jantar em sua casa,naquele tempo terminava o expediente as seis horas da tarde,pois bem cheguei em casa fui direto tomar banho e botei a melhor roupa que tinha;minha mãe estranhando minha atitude perguntou:o que é isso guri,aonde vais? e eu todo orgulhoso disse,vou jantar com o doutor e lá fui eu. Fui muito bem recebido pelo casal,ficamos na sala principal conversando ( O QUE ) daí uma meia hora o dr deu a ordem; TATIANA,SERVE O JANTAR e la fomos nós,eu louco de fome e desconfiado pois não sentia cheiro de comida ;foi servido um sanduiche (acho que é assim que se escreve)com uma folha de alface,outra de mortadela e só, regada a uma xícara de chá,Na minha ignorãnsia eu pensei que aquilo era a entrada para o prato principal,que nada enseguida veio a ordem;VAMOS VOLTAR PRA SALA.Mais alguns minutos de conversa (O QUE) e fui convidado a me retirar.Cheguei em casa galgo de fome raspando tudo que tinha nas panelas quando chegou minha mãe perguntando;ué tu não foi jantar na casa do doutor?que nada mãe,aquela gente passa fome,prefiro a tua BÓIA..........
28) História repassada para Fabiano e Aline por Vanderlei Terres: Realmente Luiz o pai (Vando) comentou que era difícil na época que trabalhou com o Dr, convidarem alguém para alguma refeição. Pode ser que tenha acontecido antes dele ter trabalhado. Disse também que só uma vez lhe convidaram para almoçar, como costume todos os domingos de manhã ia na casa do D. Bertels dar-lhe um medicamento, naquele dia já era perto do meio dia, por isso os convidaram. A comida era umas trouxinhas de couve com carne moída coberta por um molho, muito gostoso também foi a única vez em todo aquele tempo.
29) História contada por Luiz F. Bonow: Um outro fato pitoresco era o açougue do seu Pedro Sandrini. Quando havia carneação lembro que ia junto com outra gurizada lá no portão, onde começava o corredor de arame que levava os animais até o brete do açougue e nós íamos do lado, acompanhando. Normalmente, eram animais "brabos" e, de certa forma, era um perigo fazer isso. Mas, moleque é moleque. Quando os animais estavam no brete, subíamos nas tábuas e ficávamos olhando eles serem laçados. Ao lado do brete tinha uma porta que dava acesso ao matadouro. Esse matadouro, se não me engano, era arredondado, com uma porta saindo do lado oposto e no meio outra porta que dava acesso ao açougue para venda de carne. Pois bem, no meio do matadouro, que tinha um piso liso para o animal não poder fugir, havia uma espécie de palanque. Entretanto, eram dois paus com uma abertura para passar a maromba. Quando o animal era laçado, essa maromba passava entre os dois paus. Às vezes eram necessárias várias pessoas para puxarem o animal. Outras vezes, a maromba era amarrada a um cavalo que puxava o boi. Puxado o bicho, calmamente, com a certeza de quem sabe o que faz, o seu Pedro passava a faca numa chaira e a deixava bem afiada. A partir daí era dado o golpe certeiro. O sangue jorrava e alguém já ia atirando água no chão e varrendo para a outra saída, onde havia um aparador. Ali, normalmente, ficava uma cachorrada esperando alguma sobra que não era aproveitada. Depois, o animal era puxado para cima pelas patas traseiras e levantado. Após, era tirado o couro e, depois, começava um corte bem acima da barriga que vinha descendo até quase o pescoço. Aí, depois de alguns cortes no interior do bicho, caía a buchada, tripas etc. Muitas e muitas vezes nós pedíamos a bexiga para fazermos uma bola de futebol. Incrível, mas era verdade. Certas vezes, algum animal se soltava e era uma confusão danada. Parece que uma vez um animal se soltou e entrou dentro da casa do "Mão Pelada" (Teodoro Neumann). Quem lembra? Disseram foi verdade.
30) História contada por Sandro Pires: Uma das muitas histórias que eu lembro é que nos dias de jogos da Embrapa pelo campeonato leonense onde fomos campeões em 1999, dentro do nosso vestiário éra uma festa, um sambinha rolava levemente, uns no banho, outros no vaso rsrsrs (eu), mas ai chegava o nosso professor grande NANICO, e ja colocava ordem na casa, dali fazíamos o aquecimento perto dos balanços e íamos pro campo, muita gente em volta e quando saia gol, nossa que foguetança hehehehe, muito bom ter feito parte desse grupo, época em que jamais me esquecerei.....
31) História contada por Luiz F. Bonow (sobre bailes 1): Certa vez, em um baile no Agrisul, fui tirar uma guria para dançar. Era uma pessoa muito quieta, bonita e inteligente. Quando pedi para dançar ela aceitou. Pois bem, uma coisa que me chamou a atenção é que ela tinha tomado um banho de talco. Inclusive o talco aparecia até no pescoço. Começamos a dançar e fiquei "entusiasmado" e a segurá-la para mais perto. De repente, chega o pai dela, em pleno salão, era presidente do Agrisul, e me falou no ouvido: "Nande, não aperta muito minha filha que vai ficar chato pra mim". Era uma pessoa muito querida no IAS, mas não foi o Pica-Pau. A história é verdadeira e olha que eu deveria estar uns 30cm longe dela.
32) História contada por Luiz F. Bonow: Nós tínhamos um pátio grande, aberto dos dois lados. Pois bem, tinha uma gurizada que gostava de atravessar correndo o pátio para fazer "troça" da minha cara. Eu passava uma tábua no pátio, igual àquela de alisar cancha de bocha e a gurizada se divertia passando correndo e deixando as marcas no chão bem lisinho. Um dia pensei: vou fazer algum coisa. Em um dos lados, que ficava em frente à casa do seu Dorval Ossanes, tinha dois moirões. Peguei um arame e estiquei bem, de ponta à ponta. À noite, peguei a bicicleta e fui na sede do Agrisul. Quando voltei, esqueci do arame. Adivinha quem foi o trouxa que quase foi degolado pelo arame? Caí feito um saco com um vergão no pescoço. História verídica.
33) História verídica contada por Luiz F. Bonow: Era o ano de 1977. Estava o Delamar (irmão do Edegar e do Bolacha), o Aquilino e eu conversando no hall da UCPel, na época, perto do cafezinho. O Delamar estava estudando Administração ou Economia (não lembro bem) e o Aquilino e eu Matemática. Conversa animada e o Delamar (muito sacana) diz pra mim: "Tu tá vendo aquele cabeludo ali?". Eu respondi que sim. E ele: "Então, só cuida". Falou ao Aquilino: "Tu tá vendo aquele cabeludo ali?". O Aquilino acenou que sim. E o Delamar: "Vai lá e diz pra ele que homem de não usar cabelo comprido". Dito e feito. O Aquilino, com os livros embaixo do braço foi lá e disse que homem não podia usar cabelo comprido. O sujeito ficou atônito. Ficou meio abobado. O Delamar me disse: "Vamos cair fora, faz de conta que não conhecemos o Aquilino". Foi mais ou menos assim. O Edegar Medeiros pode perguntar ao Dela se ele se lembra disso.
34) História verídica contada por Luiz F. Bonow (sobre caça e pesca: históricas verídicas 1): o Zé Toco, todos sabem, sempre foi um apaixonado por caça. Para ir da cidade até o campus, nós íamos no mesmo ônibus. Um dia ele sentou no banco ao meu lado. Começamos a conversar e surgiu papo sobre cachorros. Eu disse para ele que tinha uma cadela perdigueira portuguesa (eu nem sabia que tinha cadela perdigueira portuguesa). Ela era toda preta e tinha o nome de Moura. Certo dia, na minha casa, um gato se postou em cima do muro. Ela fixou o olho no gato, levantou a pata esquerda (ou direita, não lembro bem) e não se mexia. Parecia uma estátua. De repente, começou a tremer. Aí que entra o Zé Toco caçador. Ele me disse: "Tu tinhas que dar um pontapé na bunda dela". Ele explicou depois: "Eu tenho perdigueiros e, quando vou caçar, no início eles ficam assim. Têm o instinto da caça. Quando ficam em casa por muito tempo, se 'estressam'. Então, quando os levo para uma caçada, ficam que nem tua cadela, parados, e começam a tremer. Aí eu dou um chute na bunda deles e eles saem voando atrás da caça". Interessante: ele me disse, inclusive, que o cachorro pode sofrer um ataque e, até morrer.
35) História verídica contada por Luiz F. Bonow (sobre caça e pesca: históricas verídicas 2): Certa feita, o Vitor Hugo, o Zé Toco e eu estávamos saindo da sede do Agrisul (acho que isso foi num sábado à noite, não lembro bem). Lá pelas tantas o Vigor Hugo perguntou se nós não queríamos sair para pescar no outro dia. O Zé Toco e eu dissemos que sim. Pois bem, o Vigor Hugo tinha um barco que ficava ancorado perto da casa das bombas (um braço do Arroio Padre Doutor, que desaguava no São Gonçalo - disse desaguava porque hoje ele praticamente não existe; só quem conheceu para saber que, por exemplo, a ponte era antes da atual e de tábua, nas margens havia muitas árvores; depois que foi mudado o seu curso, houve desmatamento e ele praticamente desapareceu). Para chegar na casa das bombas havia uma porteira ao lado da hidráulica (que ficava e/ou fica ao lado da oficina). Então, chegando lá, embarcamos e rumamos na direção do São "Gonçalves", como alguns diziam. No meio do percurso, o Vitor Hugo perdeu a fateixa. Bom, fomos seguindo. Quase ao final do canal que leva ao São Gonçalo, ficamos pescando mas não pegamos praticamente nada. Voltando, eu não me lembro bem como foi, mas sei que o Vitor Hugo deixou (acho) outra fateixa pendurada que acabou "pescando" a que foi perdida. Perguntem a ele e a Zé Todo se eles lembram. Talvez a história não seja tal e qual estou narrando, mas aconteceu.
36) História verídica contada por Luiz F. Bonow (sobre caça e pesca: históricas verídicas 3): meu avô tinha uma espingarda antiga e certa vez ele me emprestou. Acho que ele nunca usou, pois era de boa paz. Pois bem, levei a espingarda para casa com alguns cartuchos carregados e certo dia me mandei até o São Gonçalo, para ver se caçava uma marreca ou alguma coisa parecido, pois eu não tinha experiência nenhuma com arma de caça. Fui sozinho, me sentindo como o próprio Daniel Boone. O problema é que não havia marreca nenhuma, marrecão nem pensar. Fiquei um tempão escondido no meio do junco e nada. Aí, pensei: não vim aqui para ficar olhando para o nada, com a espingarda na mão, esperando uma marreca. Vou atirar no primeiro bicho que aparecer. Não deu outra. Levantou voo, um biguá, naquela moleza toda. Preparei, engatilhei, mirei e booooommmmm. Mas, não foi aquele BOOOOOOMMMMMM. Foi um bum chocho. O cartucho acho que era tão antigo que saiu uma fumaceira medonha e o biguá saiu mais tranquilo que sapo em poço. O problema de alguém acreditar ou não é que eu estava sozinho. Mas que foi verdade foi.
37) História verídica contada por Luiz F. Bonow (sobre caça e pesca: históricas verídicas 4): eu nunca fui um bom pescador. Geralmente, pegava lambaris, tambicus, pequenas traíras (aliás, minha mãe ficava furiosa porque meu pai levava essas traíras, fritava e se engasgava com as espinhas), pequenos jundiás etc. Um dia, morando no Laranjal, nós fomos pescar no São Gonçalo. O pai morava perto do Clube Valverde e íamos a pé, pelo meio do campo, até o São Gonçalo, onde tinha um pesqueiro muito bom. Geralmente, nós pescávamos pequenas corvinas. O pai, que não estava nem aí, jogava a linha perto da barranca. Então, de repente, ele sentiu um puxão na linha. Calmamente, começou a puxá-la e me chamou, dizendo que estava pesada, que achava que tinha trancado. De repente, nós vimos que era uma cascuda. Nunca havia pescado um peixe grande. Felizes, fomos embora. Para se ter uma ideia, eu levei o bicho, na mão direita, na altura da cintura, com o braço perpendicular ao corpo, e ela arrastando o rabo no chão. Naquela época eu media, mais ou menos, 1,80m. Hoje, não passo de 1,77 de altura. É interessante que, à medida em que envelhecemos, diminuímos de tamanho (assim como outras "partes") e aumentamos as orelhas, o nariz... Mas, foi verdade. Inclusive, nós deixamos a cabeça da cascuda um bom tempo pendurada no portão.
38) História contada por Luiz F. Bonow (sobre o Praia Sete 1): fato lamentável. Nós, os jogadores, nos fardávamos dentro do ônibus que fazia excursão até o campo do Praia Sete. Pois bem, certa vez, um "cartola" disse o seguinte, antes de uma partida importantíssima, que nos levaria a ficar entre os quatro primeios (o outro time eu não lembro bem, mas sei que era das Três Vendas que, inclusive, nós já havíamos ganhado deles na primeira fase: "Pessoal, o jogo tá ganho". Todos ficamos nos olhando sem saber o porquê do que ele havia dito. Somente após o jogo, o qual perdemos de 5 x 1, ficamos sabendo que o dito "cartola" tinha dado dinheiro a um juiz. História lamentável e verídica. Quem estava naquele jogo pode confirmar.
39) História contada por Luiz F. Bonow (sobre o Praia Sete 2):
OUTRA COISA , ACHO QUE FOI NESTA ÉPOCA QUE O " HOMEM DE BRANCO " APARECIA...
57) História contada por GK Andrades da Rocha: 1) O meu Pai conta até hj, q o Meu Vô Ari teve q ir jogar na colonia em troca qria a Tv para dar ao Jairo pois era deficiente e tinha q ir até a casa do João Carlos(O Boca) e ahi qndo voltou com a tv foi a maior alegria lá na casa do Vô e conta tbm q na epoca a TV era preto e branco e o Vô colou um papel vermelho transparente na TV do Jairo pra ficar Colorida; 2) Gente qm poder contar mais historias dessas como essa, q a primeira geladeira na vila dos lagartos foi do seu Dario que deu pra esposa Dona Nida Mãe do Oscar Dario Da Luz Gonçalves onde foi que o pai comeu o primeiro picolé da vida dele de Limão tirado do pé e que era uma novidade tão grande que parecia que estavam comendo chocolate; 3) Ou da vez que eles viram pela primeira vez um motociclo e encheram a pedrada e eram tão grosso que nunca tinham visto e pra modo de espantar aqueles "bichos" encheram a pedrada kk
58) História contada por Luiz F. Bonow: CERTA VEZ, A DONA EDITH, MULHER ...DO CASTELHANO ADÃO (NÃO SEI SE ESTOU CERTO, MAS ERA MÃE DO ALCEU) DEU-ME UNS TROCO EM TROCA DE EU IR CORTAR PASTO, NUM DIA CHUVOSO E FRIO PARA AS VACAS. NÃO SEI SE ALGUÉM LEMBRA, MAS EXISTIA UM CERCADO, PERTO DA CASA DO DINÉSIO QUE, INCLUSIVE, QUEM CUIDAVA ERA O AVÔ DO MARCIANO (NÃO LEMBRO MAIS O NOME). PEGUEI A FOICE E ME FUI EM DIREÇÃO AO PASTO QUE FICAVA PASSANDO ESSE LOCAL, PERTO DE ONDE É A ESTAÇÃO AGROCLIMATOLÓGICA. COMECEI A CORTAR E, DE REPENTE, A FOICE CORTOU AQUELA PARTE DA MÃO QUE FICA ENTRE O POLEGAR E O DEDO INDICADOR. PUTZ. COMO VOU FAZER PARA DIZER EM CASA? EU NÃO PODIA DIZER QUE TINHA IDO CORTAR PASTO PARA GANHAR UNS TROCOS. ENROLEI A MÃE COM UM PEDAÇO DE PANO E LEVEI UM SACO NAS COSTAS DE PASTO PARA A DONA EDITH. DEPOIS FUI PARA CASA. A NOSSA CASA FICAVA NA SEGUNDA FILA, AQUELAS CASAS MENORES, ENTRE A DO SEU DALVO CARRET E A DO VANDERLEI (PICA-PAU). NA HORA DE JANTAR, ESTAVAM NA MESA O PAI, A MÃE, O PAULO, A ROSE E EU, COM A MÃO EMBAIXO DA MESA. DE REPENTE, COMEÇOU A TROVEJAR E, É VERDADE, A JANELA ESTAVA ABERTA E ENTROU UMA BOLA DE FOGO, DEPOIS SAIU E FOI UM ESTRONDO. ELETRICIDADE PURA. HOJE, EU ENTENDO. MAS QUE FOI VERDADE, FOI. DEPOIS DESSE MOMENTO, NINGUÉM VIU QUE ESTAVA COM UM CORTE NA MÃO. DO CONTRÁRO, TERIA ENTRADO NO "LAÇO". GOSTARIA DE SABER SE O PAULO E A ROSE LEMBRAM. MAS, ACHO QUE NÃO. O PAULO VIVIA ESTUDANDO E A ROSE ERA MUITO PEQUENA.
73) Rute dos Santos Grillo: O Antônio, filho da D. Mocinha, pilotava uma carroça. Eu lembro que ele entregava compras lá em casa Luiz Bonow. Pena que eu não lembro o sobrenome dessa família!
77) Dario: Sobre o chalé que a Stela fala eu me lembro muitas vezes estive nele , inclusivel os pais dela tinha um baú de por açucar arroz ou outros tipos de alimentos ,que éra repartido em tres partes da cor verde e eu tenho ele até hoje meio estragado pelo tempo mas esta no galpão do meu pai.
91) CERTA VEZ, O PAI E EU ESTÁVAMOS PESCANDO NO CANAL DA CENTRAL. NÃO TAVA DANDO NADA, SÓ TRAÍRA PEQUENA QUE, ALIÁS, MINHA MÃE FICAVA FURIOSA QUANDO A GENTE CHEGAVA EM CASA E ELE TINHA QUE FRITAR E O PAI SEMPRE SE ENGASGAVA. POIS BEM, MEIO CHATEADO, VI QUE DO OUTRO LADO DO CANAL ESTAVA UM SOCÓ. COISA DE GURI, PEGUEI UM PEDAÇO DE PAU E ATIREI. POIS NÃO É QUE O PEDAÇO DE PAU DEU CERTINHO DA CABEÇA DO SOCÓ. E O SOCÓ, PIMBA. MORREU. COM PENA DO QUE TINHA VISTO, ATRAVESEI O CANAL, NAQUELES CORGOS QUE DAVAM PÉ E TENTEI REANIMAR O BICHO. INFELIZMENTE, ELE ESTAVA MORTINHO. FUI PRA CASA COM A CONSCIÊNIA MAIS SUJA QUE PAU DE GALINHEIRO. PRA PIORAR, CHEGANDO EM CASA, PARA VARIAR, LEVAMOS OUTRA BRONCA POR CHEGARMOS DE NOITE E COM TRAÍRA PEQUENA. CHEIA DE ESPINHAS. HISTÓRIA VERDADEIRA.
92) História contada por Zeli Bastos: o sidnei meu irmao tinha o apelido de perrerreca,por causa de uma historia que vou contar,nos tinhamos aula com a ines monks na casa dela que ficava perto da leitaria la na central atras da casa do dr saco.um dia o tempo se armou para um temporal que ate ficou noite,a ines disse que o mundo ia acabar e as crianças começaram a chorar.entao o sidnei chorando dizia ;zazaza vamos embora que as perrerrecas ja estao voando;zazaza era o apelido que ele me chamava.
93) História contada por Sidnei Xavier: Lembro dos churrascos,(principalmente de formatura da universidade),no mato da botanica,eu q era guri,junto com outros colegas ficavamos esperando ofim da festa pra pegar as sobras,carne assada e bebidas. O churrasco era assado em espeto de pau numa vala feita na primeira clareira em frente a casa q morava o Dr Eduardo Gomes. As bebidas ficavam gelando em tonéis de latão cheios de gêlo. Curioso era q naquela época ja se encontrava casais namorando no meio do mato,e nós ficavamos escondidos espiando. O nosso ponto alto era despois q todos iam embora,faziamos uma verdadeira gerra de gelo. Era muito divertido. Quem lembra comente.
94) História contada por José Luis Costa (citando o seu Felizardo): História contada pelo falecido Felizardo pai da minha espôsa Rosa, o Canguçú ficava na guarda na parte de cima IPEAS e o Felizardo na parte de baixo Central, então o Canguçú ligava pro Felizardo para falar da guarda que era formada pelo Cabo Galdino e o praça Cláudio, metia-lhe a lenha (aquele nêgo FDP, irreponsável, só tá aqui pra receber no final do mês, pois é um medroso, se alguém enfrentar, periga disparar com cacetete, armas e tudo, não é Felizardo? que respondia, não! é um homem de bem, cumpridor dos deveres e por aí em diante), tudo tramado com o Cabo Galdino que tava junto com ele, pra ver se o Felizardo concordava e caia na dele, mas este muito astuto, percebia o engodo, quando derrepente era uma gargalhada só do Canguçú e do Cabo Galdino no outro lado da linha.
95) História contada por Luiz F. Bonow: Quando estava (acho) que no quarto ano do primário da Escola Margarida Gastal, houve um concurso de redação das escolas públicas primárias de Pelotas (nesta época o Capão do Leão era um subdistrito de Pelotas), sobre a Rádio Pelotense (acho que era sobre o Jubileu de Prata, não sei bem). Eu ganhei, e como prêmio, deram-me um par de sapatos da Procópio (uma loja de sapatos). Eu nem sabia como usar. Tinha até vergonha. História verdadeira, que, infelizmente, não tenho como comprovar. Só lembra que, um dia, estava indo com o pai, de bicicleta, e usei os sapatos. Como lembrança, o pai e a mãe me deram uma camisa do Farroupilha (time que até hoje sou torcedor). Mas, fiquei louco de vergonha quando botei a camiseta e o sapato.
96) História contada pelo Laco (1): tinha um engenheiro agrônomo chamado Potolowsky (eu acho, uns diziam Potoloski). O dito agrônomo teve um problema cardíaco e foi internado para fazer uma ponte de safena (acho que em Porto Alegre). Chegando no outro dia no IAS, o Chavasca disse para o Dr. Bertoldi (com aquela voz dele): Dr. Bertoldi, o Dr. Potoloski morreu de ponte de sanfona. O Laco disse que foi verdade. História contada por Gilmar Maciel: Nandi acredito que este safenado foi o mesmo que plantou um experimento de amendoim,quando a planta estava com aproximadamente um metro de altura,chamava todo mundo para ver,porem em algum tempo começou a secar o que é normal,não sabendo disso e preocupado que seria motivo de criticas,chamou um funcionário meio que de cantinho e ordenou que este gradeasse tudo pois devia ter dado alguma peste e o experimento estaria perdido o mesmo funcionário solicitou que o safenado fosse até a lavoura dizendo a ele este foi o melhor experimento de amendoim já visto mandando que ele arranca-se um pé da planta com raiz e tudo pare-se até mentira o doutor não sabia que a fruta do amendoim da debaixo da terra.
97) Não sei quem contou essa história, mas teve um engenheiro agrônmo que, quando chegou em uma lavoura de amendoim, perguntou: mas que barbaridade, não nasceu nada. Os servidores não falaram nada, apenas arrancaram uma muda e mostraram para ele que o amendoim cresce embaixo da terra.
98) História contada por Oscar Dario da Luz Gonçalves: Na ida para um baile na Central eu e o Claudio Renato P A (Tado ) filho do Canguçu , no passar pela ponte de madeira tinha uns pescadores acampados ,Nos jogamos umas pedras na água e eles nos chingaram e nos retribuimos tambem até hoje não sei quem é , bom fomos pro baile , quando chegamos na guarita encontramos o seu Felizardo o Julho Bica e o Oscar Fernando filho do seu Miranda . O seu Felizardo nos perguntou se tinhamos visto alguma coisa estranha na ponte dissemos o que tinha acontecido com os pescadores , nisso o Julho e o Oscar estavam quase mortos de cansados de tanto correr, porque viram uma sombra voando do lado da ponte , Calcula se que essa sombra seja dos pescadores que estavam recorrendo rede ou espinhel e levantaram o lampião e a sombra parecia maior. Mas o engraçado que o Oscar estava numa bicicleta de corridas e o Julho numa Monareta, como o Julho não alcançava o Oscar ele desceu e empurrava a bicicleta e dizia me espera que eu sofro do coração. Isso tudo eles nos contaram, é claro que nos pediram segredo ,mas eu não pude perder a oportunidade de tirar uma casquinha e só espalhei pra todos no onibus escolar.
99) Históric contada por Luiz F. Bonow (verdadeira): O Laco encontrou com o Vilson Ness da Silva (que erradamente eu chamava de Vilson Rodrigues), o Sequinho, e me passou o telefone dele. Uma curiosidade é que o Vilson e eu usamos os óculos Ray Ban há muitos anos. Ele, inclusive (falando por telefone) me disse que ele tem o original. Outro ele ganhou de presente de sua filha. Eu uso óculos Ray Ban desde que comecei a trabalhar (aos 18 anos). Já tive uns 5. Ele é bem caro. Pela Internet é mais barato, porém duvido da qualidade. Hoje, conversando com ele eu disse que conhecia apenas duas pessoas na cidade que sempre usaram esses óculos: o Vilson e eu.
100) História contada por Luiz F. Bonow (verdadeira): Eu jogava no Guarany, pelo Campeonato Colonial. Porém, certo domingo nosso time estava de folga. Então, peguei meu fuscão verde e fui assistir a um jogo do Agrisul (ou EMBRAPA, não lembro bem). De repente, houve uma confusão com o Clauby. Eu não tive dúvidas, pulei o arame e me meti na confusão, dando soco para todos os lados. Aí surgiram dois armários e se mandaram na minha direção. Então, eu corri e caí no chão. Os caras começaram a me chutar e um sujeito entrou e se meteu, apartando a briga, junto com outros. Hoje, conversando com ele, contei essa história. Ele lembrou vagamente. Mas, eu não esqueci. Vilson Ness da Silva. Me tirou de um baita sufoco. Nessa época do Vilson não jogava mais, ele havia quebrado o tornozelo e ficou com um problema no pé.
101) História contada por Vilson Ness da Silva: O Vilson me disse que nunca jogou no primeiro time do Agrisul. Porém, no segundo time, eles ficaram 50 partidas invictos. A madrinha do time era a Maria Edite, que preparou um bolo e levou no vestiário para comemorar esse feito.
102) História contada por Luiz F. Bonow: Eu estudei no Colégio Agrícola Visconde da Graça. Naquela época se chamava Agrotécnica. Os alunos eram separados em "classes". Os da primeira até a terceira série do ginásio moravam num local chamado "pulgueiro", onde dormiam mais de cem alunos. Depois vinham os alunos da quarta e quinta séries do ginásio que já dormiam em um outro alojamento melhor e, por fim, a elite, os alunos do técnico (científico) que dormiam em apartamentos. Pois bem, no nosso alojamento, os banheiros eram equipados com um pequeno orifício no chão para se fazer as necessidades. Não havia vaso. Não chão, ao lado do buraco, tinha a marca de dois pés voltados para trás. Isso queria "informar" ao usuário onde ele deveria colocar os pés. E ficava agachado. O brabo era que, além de ficar de cócoras, o cara ainda corria o risco de cair um charuto mais pesado e a água subir e molhar o lugar de onde partiu o charuto. O outro risco é que as portas eram abertas embaixo e em cima. Sempre havia um engraçadinho pegando algum objeto e jogando por cima ou pegava alguma coisa e jogava por baixo. Aí era um malabarismo. Pior é que foi verdade.
103) História contada por Oscar Dario: Dito por um morador que estudou as histórias de Capão do Leão , ele conta que o primeiro nome era Taita nome dado pelos indios que morava nessa região. e o local aonde fica hoje o novo Pronto Atendimento era o local de uma grande plantação de pés de Parreiras (uvas) ate hoje existe mourões de pedra da quela época ."
104) História contada por Gilmar Oliveira Maciel: (sobre um time de futebol): Na verdade alguns deles não lembro o nome,só sei que quem formava esta equipe por saber que era o que jogava menos até mesmo pela idade então ele só convocava dez atletas com ele fechava o time,quando chegava a hora do jogo ele alegava que teria que jogar pois estava faltando gente que tinha convidado no minimo mais uns cinco ,lamentavelmente uns tratante.
105) História contada pelo Laco: Quatro amigos foram pescar no canal da Central e um deles não entendia nada de pescaria. Parece que ele era açougueiro. Pois bem, chegando à beira d'água, já se aproximando a noite, armaram uma barraca, tudo a contento. Prepararam os caniços e, liquinho aceso, se foram a caçar sapo para isca. Depois de algum tempo voltaram e começaram a enfiar os bichos nos anzóis. Nesta época, pescava-se de caniço com rolha feita de cortiça (tirada daquela árvore, corticeira, muito comum nos matos, madeira muito leve). As iscas eram minhocão para jundiá e sapo para traíra. As traíras, por terem dentes, comiam tudo, mas, de preferência, sapos e lambaris. Os jundiás, sem dentes, gostavam de minhocão. Então, caçados os sapos, era só uma questão de enfiar o anzol na boca do bicho até sair pela culatra. Alguns pescadores gostavam de amarrar o sapo vivo no anzol, para ele se mexer, atraindo as traíras. Outros esquartejavam o batráquio, para render. Feito isso, linhas n'água. E aí, três começaram a pescar traíras sem parar. E, um deles, o açougueiro, não pescava nada. Os outros estranharam e perguntaram por que ele não estava pescando nada. Ele disse que não sabia. Lá pelas tantas, um dos amigos perguntou como ele tinha iscado o sapo e ele disse: "Ué, enfiei o anzol no cangote". Nisso, um outro amigo pegou uma lanterna e focou na rolha do caniço do açougueiro. O que ele viu? O sapo em cima da rolha. Claro, o sapo foi fisgado pelo cangote e não morreu. Ficou com as pernas livres e pulou para cima da rolha. O interessante foi que as traíras pulavam na rolha para pegar o bicho e não conseguiam, porque ele estava com as patas livres. Cada bote da traíra, o sapo soltava uma patada nela. A traíra dava o bote e o sapo soltava a pata. Tanto na esquerda quanto na direita. Com tanta bravura do bicho, resolveram tirá-lo da água e deixaram-no sair correndo pelo banhado feliz da vida. Claro, esfregando a parte de cima do pescoço. O Laco diz, de pés juntos, que foi verdade.
105) História contada pelo Laco: Há muito tempo atrás, os trabalhadores de campo iam para os experimentos em locais perigosos, onde havia muitas cobras, principalmente cruzeiras. Um desses locais era o "Medonho" que, se não me engano, ficava perto de onde morava a família do Aquilino. Aliás, o próprio nome já dizia como era o local. E era comum o pessoal "almoçar" no local, pois o intervalo do meio-dia era muito pequeno. Quer dizer, se o pessoal fosse almoçar em casa era só uma correria, não dava tempo de descansar. Assim, faziam suas refeições no próprio lugar. E, nesse lugar, sempre havia uma pequena casa de madeira, para alojar ferramentas e outros utensílios, como pratos, panelas, fogareiro etc. Certa feita, resolveram fazer um carreteiro e teve um desses funcionários que encheu a barriga e se foi deitar na sombra, de barriga para cima. Um outro servidor matou uma cruzeira e combinou com seus colegas de colocar a cobra em cima da barriga do que estava dormindo. Feito isso, cochicharam no ouvido dele: "fica quieto, não faz barulho que tem uma cruzeira na tua barriga". O que estava dormindo, abriu um olho e ficou apavorado, mas não se mexeu. Um dos "amigos" disse para ele ficar quieto, não se mexer e pegou um pedaço de pau, levantou e, quando ia sentar o porrete no bicho, o que estava com a cobra na barriga deu um assovio: "fiu, fiu", e, apontando o dedo para a cobra, fez um sinal com o dedo indicar, como se fosse um "não". O sinal de um "não" quando a pessoa não quer falar em voz alta significa o indicador indo de um lado para o outro, querendo dizer: "não faça isso"!. O Laco disse o nome dos servidores, mas pediu para não publicar. Verdade, segundo ele.
106) História contada por Oscar Dario da Luz Gonçalves: O pai e o seu Florício estavam pescando e derrepente um companheiro que estava com eles veio em desparada e passou por cima do fogo correndo . o seu Floricio se assustou e disse o que foi guri ,o guri disse ,um bicho , eles foram ver que bicho era , o bicho era nada mais do que uma bosta de vaca. Na duvida o meu pai confirma.
107) História contada por Oscar Dario da Luz Gonçalves> Quando eu estudava no colégio Treptow ,tinha um colega que gostava de uma guria que morava na Embrapa ,eu e mais um que tambem morava na Embrapa tivemos a ideia de escrever uma carta pra ele no nome dela, marcamos o encontro na casa dela . O pai dela recebeu ele com uma arma, ele chegou la em casa todo cagado de medo. quem me ajudou a escrever essa carta vai se lembrar disso e dizer foi eu.
108) História contada por Oscar Dario da Luz Gonçalves: Uma vez o jacu me disse diz para o teu pai que eu vou dar umas porradas nele, eu era pequeno não sabia se era verdade ou não, falei pro pai pra ele se prevenir. Ele me perguntou quem disse isso eu disse o Jacu, ele riu e me disse vou me cuidar,ele riu porque já conhecia o Jacu eu fui conhecendo ao passar do tempo. Um abraço pra ele.
109) História contada por Oscar Dario da Luz Gonçalves: O fantasma da Baronesa, não era mais nada do que, tinha os coqueiros na época de coquinhos os cachos que todo mundo sabe abre vamos dizer uma casca em forma de barco e esse barco ficava rosando no próprio coqueiro e fazia um barulho estranho. As pessoas já tinha medo ouvia coisas e a imaginação ajudava e as histórias aumentava, basta ver que tinha pés de frutas nos fundos que alguns iam colher na madrugada.
110) História contada por Oscar Dario da Luz Gonçalves: Meu pai foi fotografar uma aula pratica de um professor da Agronomia ,ele conta que o professor não soube a diferença entre um pé de alho e um de cebola ,(ele se confundiu).
111) Não sei onde começa a verdade ou termina a estória: Alguém me contou (não vou declinar o nome) que havia um sujeito no IAS que tinha uma charrete muito linda. Pois bem, certa vez ele se deparou com um casal, cujo marido era engenheiro agrônomo. Para se gabar, ele convidou a esposa para dar uma volta na sua charrete. Meio que sem entender bem, a dita atendeu ao convite e se foram a andar pela vila. Lá pelas tantas, a égua que conduzia a charrete deu um "pum", mas um grande "punzão". O dono da charrete olhou para a mulher e disse: "desculpe, senhora". Ao que, a mulher respondeu de pronto: "Ué, eu pensei que fosse a égua". Se foi verdade eu não sei, mas que me contaram, isso me contaram.
112) História contada por Elvira Vetromilla: Uma noite dessas estava olhando alguns comentários feitos sobre lembranças do IAS e teve um que eu gostaria de acrescentar o pouco que sei: as aulas noturnas, que aconteceram um ano só. Quando o IAS foi criado, foi publicado no Diário PopUlar alguns editais oferecendo vagas para trabalhar nas obras. Li os anúncios e não falavam de escolaridade. As pessoas vieram, trabalharam nas obras, passaram trabalho acampadas em barracões e depois de instalado o IAS, muitos ficaram ali trabalhando, que foram os nossos pais ou avós. Alguns eram analfabetos, outros sabiam desenhar o nome e outros tinham escolaridade. O "Margarida Gastal" ja era no prédio atual. Eu tinha uma tia, Helena, que era secretaria da Direçao, que falou para a minha mãe que era a diretora da Escola na epoca, que todos seriam pressionados para terem todos os documentos, especialmente, que soubessem votar(ate bem pouco tempo se escrevia o nome do candidato na cédula). Não que cultura fosse importante naquela ou em qualquer época, mas eleitores, sim. Para que ninguem fosse prejudicado profissionalmente, minha mãe e minha tia obtiveram autorização para que funcionasse naquele ano a escola noturna. Foi um nivel de frequencia alto para quem tem que trabalhar o dia todo. Todos conseguiram, no mínimo, saber votar. Alguns deixaram de ser operários e passaram para funções administrativas ou de laboratório. No final do ano houve uma merecida formatura. Uma vez o Sr. Oswaldo Ossanes me mostrou a foto da formatura deles. Cada um se apresentou o melhor que pode.
113) História contada por Elvira Vetromilla: Vejo nos jornais noticias de filmes que podem ser candidatos à premiação e fico me lembrando há quanto tempo o cinema é importante para mim. Quando morava no IAS, havia uma pessoa que vinha com certa frequencia e passava filmes, a noite, no prédio que chamávamos de hotel. Como eu era muito pequena, nós sentávamos no fundo da sala, para eu poder ficar de pé na cadeira e enxergar. Sou tão antiga (65 anos) que os filmes eram legendados. Uma noite, meus pais viram que todos olhavam para traz e riam, é que eu estava lendo bem alto, foi quando descobriram que eu já sabia ler, aos cinco anos. Tempos mais tarde, meu irmão fez um cinema na nossa garagem. A mãe tinha ido na liquidação da loja GRAN VIA (que era dos avós da Maria do Carmo Raseira) e nos trouxe um presente estranho - uma coleção de chapas de vidro pintadas, que nós descobrimos que eram histórias infantís. Daí, o Marcos fez uma caixa de madeira, com uma lente, lâmpadas, muitos fios e nós tinhamos uma máquina de filmes. A gente tirava o carro do pai da garagem, qualquer um de nós, era tempo de férias ea gente tinha permissão para juntar gente em casa. Tinha sessão de cinema a tarde. O Dario Maduel lembra do nosso cinema... Mas nosso estoque de filmes cansou e nós descobrimos um catálogo de coisas por reembolso, juntamos nossas "economias" e mandamos buscar filmes, em rolo de papel vegetal. A máquina teve que sofrer algumas alterações, mas vimos os Tres Mosquiteiros e outras maravilhas que nosso pouco dinheiro deu para comprar. Depois a solução foi a gente desenhar. Não ficou bom e o cinema terminou.
114) História contada por Leci Brizolara Berny Volz: Vou contar uma estória que acontecia todas as noites na estrada da Central logo após o Dr Sacco. Tinha um figueirão que ficou conhecida como figueira do já vai. Quando os moradores passavam para ir ao centro espírita se ouvia uma voz que dizia já vai.Dizem que as pessoas tinham medo de passar a pé neste local e nunca passavam sozinhas. Não sei se está correto e se já postaram, Abraços a todos.
115) História contada por Leila Monks Neves Neves: Este mesmo figueirão tambem falavam que aparecia uma noiva sentada no galho se ambalando.
116) História contada por Luiz F. Bonow: Sobre festa de confraternização: Havia, todos os finais de ano, festa no campo do Agrisul, onde cada um ganhava uma garrafinha de Coca-Cola e uma espécie de cachorro quente. Lembro que a Coca-Cola ficava em barris contendo gêlo e serragem. Até hoje, quando vou tomar esse refrigerante, lembro dessas festas e parece que sinto o cheiro de serragem. Dentre as brincadeiras tinha a corrida de saco, a cabra-cega (eu acho, não estou bem lembrado se é esse o nome) etc. Depois, chegava o Papai Noel distribuindo presentes. Eles podem derrubar prédios, mas não vão apagar nossa memória, por isso temos que passar para as outras gerações e, se possível, tornar impresso essa história.
117) História contada por Oscar Dario da Luz Gonçalves: Eu conheci este figueirão diziam que nele um homem tinha se enforcado, por isso esse lugar é chamado de "ja vai".
118) História contada por Luiz F. Bonow
SOBRE A RIVALIDADE ENTRE AGRISUL E CENTRAL
Todos sabem que sempre existiu uma rivalidade entre esses dois grandes clubes.
Pois bem, certa vez eu jogava pelo Agrisul e teve um jogo contra o Central (no campo do Agrisul). Lá pelas tantas a torcida do Central começou a me vaiar. De repente, sobrou uma bola perto da torcida, peguei a bola e chutei em direção à ela. Nunca esqueço que essa bola foi em direção ao Paulo Maciel.
É, claro, que recebi uma enorme vaia.
Aí, o seu Artur começou a correr ao lado do campo com um pedaço de pau na mão .
Corria toda vez que eu pegava a bola.
Final de jogo: 0 x 0 (como, quase sempre, ocorria naquela época).
Felizmente, para mim, não aconteceu nada de mais grave. E, vendo o jogo terminar tranquilo, o seu Artur também ficou tranquilo.
No final do jogo todos acabaram confraternizando.
De outra feita, ocorreu um campeonato de futebol de sete no Agrisul. Juízes: Vidalão e Zezinho Monks. Acabei discutindo muito com os dois.
Então...
Continuando...
Depois que havia jogado o futebol colonial, eu não era muito querido no Agrisul e fui convidado a jogar no Central. O Bolacha e eu (não lembro se havia mais alguém).
Quando cheguei no vestiário, estava apreensivo.
Porém, acho que nunca havia sido tão bem tratado em um time de futebol.
O seu Artur, o seu Vidal e o Zezinho (além de outros que não lembro agora), vieram me cumprimentar.
Naquela época, jogador do Agrisul que jogava no Central e vice-versa era taxado de traidor.
Depois, foram vários bailes que fui no Central, sempre sendo muito bem tratado.
Hoje, consegui uma foto muito antiga, quando jogava pelo Guarany de Cerrito Alegre.
Se alguém tiver uma foto quando joguei no Central, ficarei muito agradecido.
Realmente, o seu Artur era muito briguento. Ainda bem que não ganhamos o jogo (he..he..).
119) História contada por Elvira Vetromilla: O SORRISO DE MONA LISA. Um dia fui rainha, com uma coroa de papelão, coberta de papel prateado. N a hora da foto ficamos de frente para o sol, olhos fechados, mas o fot´ografo mandou- um sorriso de rainha, saiu o que foi possível. As princesas eram mais inteligentes, olharam pra baixo e não enfrentaram diretamente sol. Esta foto marcou meu futuro - tenho pavor de máquinas fotográficas ou câmeras apontadas na minha direção. Não tenho foto de 15 anos, nem nos 15 anos de ninguem, de casamento, formatura, bodas de ouro dos meus pais. Fotos só de documentos, obrigada. Para o livro da Cascata o Lanzetta tirou foto como pode: eu estava com o cabelo mal retocado, sem pintura alguma, me sentindo como naquele longínquo dia de setembro, sol nos olhos, sorriso de Mona Lisa e o sapato preto da Clark(quem não Lembra?) apertando meu pé...
120) História contada por um professor da Faculdade de Agronomia (FAEM), ex-morador do antigo IPEAS sobre um funcionário da Oficina, que passarei a chamar de Beltrano de Tal. O seu nome vai ser Prof. Fulano de Tal. Pois bem, o Prof. Fulano de Tal conta que era muito amigo do seu Beltrano de Tal, porém tinha um problema: ele era muito mentiroso (o seu Beltrano de Tal). Certa vez, o seu Beltrano de Tal encontrou com o Prof. Fulano de Tal e tascou: - Prof., o senhor não vai acreditar. O Prof. Fulano de Tal disse pra ele: - Mas, tchê, é claro que vou acreditar (dando uma piscada pro lado onde se encontrava o seu amigo Cicrano de Tal). - O que que aconteceu (perguntou o Prof. Fulano de Tal)? Ao que o seu Beltrano de Tal começou: - Bom, o senhor viu a chuvarada que deu ontem, né? Sabe também que eu tenho um lubuno (cavalo de pelo escuro) que trato muito bem. Então, eu deixo ele no piquete (ficava abaixo da casa do seu Ivo Saraiva). Então, antes de cair o aguaceiro eu peguei uma maromba e fui lá amarrar o bicho pelo pescoço e coloquei ele à soga. Tem um tronco de uma árvore e eu deixei ele amarrado. Não demorou muito e caiu um raio. À la fresca! O bicho se assustou, saltou com as patas dianteiras para cima, deu um relincho e, quando deu um tirão, a corda cortou o pescoço dele. Fiquei desesperado! Saí correndo, peguei na charrete uma agulha de costurar saco e um cordão encerado e costurei a cabeça do lubuno. Logo, logo, o alimal se levantou. Entretanto, como estava já escuro, eu coloquei a cabeça virada para cima. O Prof. Fulano de Tal deu uma pigarreada e disse: - Mas que cosa. E como é que tu tá virando agora? - Bom (disse o seu Beltrano de Tal), tem dois problemas: 1o.) quando chove eu tenho que colocar um guarda-chuva pro bicho não se afogar; 2o.) toda vez que o lubuno tá com fome, tenho que subir numa escada pra modi de poder alimentar o alimal. O Prof. Fulano de Tal inventou uma desculpa, dizendo que estava atrasado para uma aula e se mandou à la cria. O referido professor me contou essa história há alguns dias atrás e diz que foi verdade.
121) História contada por Antonio Oscar Freitas: a estrada da Vila da Central tinha uma vala no lado direito,no final dos anos 80 e inicio de 90 qdo.nos do Central ganhavamos um jogo importante geralmente a comemoração a noite era na minha casa,depois que seu Julio foi embora para a cidade,ou na casa do Vilmar Castro ou no Paulo Berny,depois de uns aperitivo saiamos depois da meia noite para dar uma serenata mas não dava para ir até o fim da vila;da para imaginar porque,eu tocava triangulo com um ferrinho por sinal sempre no ritimo,o Vilmar claro na Gaita eu não lembro bem mas eu acho quem puxava a musica era o Paulo Berny;tempos bons,uma noite dessa o Vilmar se descuidou e caiu de costa na vala com a gaita no peito,e quem diz de levantar o rapaz da vala,já que os outros colegas estavam igual;saudades,tempo bom que pureza naquela gente de aturar serenata na madrugada.
122) História contada por Edegar Medeiros: Vendo a foto do Cezário Franco aqui publicada, lembrei dum baile no Agrisul... Naquela época a rapaziada costumava ocupar uma mesa que ficava num espaço separado do salão por uma mureta de um metro e vinte aproximadamente, esse detalhe é importante, já já voçes vão swaber porque: a gente costumava encher aquela mesa de garrafas para criar coragem e partir pra dança. A turma composta por Juca Sandrine, Voca, Tio Hilto, Paolo Banha, Tunico, ja estava a mil por hora quando estourou uma peleia no meio do salão envolvendo o Juca; imediatamente eu pulei de cima da mureta no meio do rebuliço; o Cezario Franco na intenção de apartar a briga me deu uma gravata e foi me puxando para fora do salão, enquanto isso os meus contrários se serviram, apanhei mais que gato ladrão. Lá na rua quando me desvencilhei da gravata reclamei pra ele, e ele com aque sutaque acastilhanado disse: calma castilhaninho, se eu não te tirasse de la tua tu ia matar uma meia dúzia...
124) História contada por Antonio Oscar Freitas: Nesta casa tinha nos fundos um galinheiro,pois eu gostava de criar os frangos brancos gigante,Paulo,Monassa,Victor Hugo,Felipe,me pediam um frango para fazer almoço eu não gostava de dar queria vender,eles ficavam brabos,diziam que os frangos eram criados com casca de arroz do celeiro,um belo dia eu estava trabalhando bem do lado da casa no celeiro,eles me roubaram 6 frangos e compraram uma 7 campos e convidaram Gerli,para fazer a galinhada e me convidaram para o almoço,qdo.entrei na oficina o Gerli disse tó fora eu não sei se ele estava triste pela sacagem ou emocionado pois tinha tomado 1lt.de 7 campos;depois disso qdo.me pediam 1 frango eu ia correndo em casa buscar;
125) História contada por Stela Maris Pinheiro Lopes: Hoje conversando com meu irmão o Beto ele me contou umas histórias do tempo do IAS. Ele ia para a escola na CIDADE no ônibus que o João Vanderlei dirigia, um dia seu Isaltino parou o ônibus e falou para o João (pica-Pau), quando passares por mim por favor não buzines, pois a buzina assusta minha Catita (égua).
126) História contada por Servio Duarte Vaz: Certa feita eu tava assistindo o jogo do Central contra o São Geraldo, do Fragata, quando de repente estourou uma briga generalizada no campo, onde participavam jogadores, juizes e torcedores. A coisa tava muito feia pro Dário, irmão do Mirinho, filho do seu João Gonçalves e da Dona Mercedes. O Mirinho então vendo o irmão em sérios apuros, quiz fazer alguma coisa. Olhou pra todos os lados e viu um velhinho assistindo à confusão apoiado na sua bengala, do lado de fora do campo. O Mirinho correu, tomou a bengala do velhinho, foi lá na briga, deu uma bengalada no cara que tava brigando com o Dário, voltou correndo e devolveu a bengala pro velho...Com isso conseguiu salvar o irmão de apanhar...
127) História contada por Edegar Medeiros: Grande Milton Alves,trabalhamos juntos no setor de transporte da Embrapa : quando comprei minha casa tive que vender meu fusca vermelho,era uma relíquia,em seguida comprei uma brasilia meio esgualepada,chegando la no serviço o Pipino andou na volta da brasília e veio a pergunta fatal;me vende esta brasília?pra que queres essa brasília se tens uma muito melhor que esta,disse eu;é que vou tirar os tapetes pra botar na minha,é só o que presta nela....foi uma risada geral.
128) História contada por Edegar Medeiros: Mais uma vez atendendo pedido do Neimar,sobre a música que marcou:a minha foi QUANDO com RC.Essa história aconteceu na década de sessenta,estavam todos reunidos(jogadores e torcedores)na sede do Agrisul para um jogo fora do IAS.Chegou a hora da partida e eu não sei porque não podia ir,pedi encarecidamente pra minha namorada que não fosse,não fui atendido,justamente na hora que partiu a excursão estava tocando na eletrola essa música," quando voçe se separou de mim,quase que a minha vida teve fim" e eu fiquei ali escorado na porta, o caminhão sumindo na estrada e eu ali sozinho ouvindo AQUELA MÚSICA.............Nem precisa dizer que na segunda feira estava livre que nem um passarinho para novas conquistas.
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O Instituto Agronômico do Sul possui uma história muito rica de personagens. E isto se deve à enorme diversidade de profissões que lá existia: carpinteiros, pedreiros, eletricistas, encanadores, motoristas, mecânicos, trabalhadores de campo dedicados à agricultura, como o cultivo da soja, trigo, milho, batata, feijão, amendoim etc., trabalhadores de campo dedicados às atividades de zootecnia e veterinária, engenheiros agrônomos, auxiliares administrativos, enfermeiros, dentistas. Na medida do possível, vamos tentar lembrar todas essas e outras profissões, bem como os personagens marcantes que ficaram desta história tão rica de elementos.
A seguir algumas delas:
1) História contada por Luiz F. Bonow: Aos domingos, quando tinha jogos do Agrisul, não tinha pencas. Quando tinha pencas em cancha reta (ali, perto do portão da EMBRAPA, no campo), meu avô ia de carroça (aquela de rodas de madeira, envoltas em ferro dobrável), todo de preto (os alemães, em ocasiões especiais, vestiam-se de preto) assistir às corridas. Porém, o que ele queria mesmo era jogar carteado. Embaixo, havia uma cancha de jogo de osso. Naquela época, jogo de osso era proibido. Era uma grande festa: churrasco, apostas, pastel correndo solto. Um fato que ficou na minha memória aconteceu em 1962. Havia uma penca. Bem perto dela, na largada, tinha uma boçoroca. Ali, estavam alguns personagens que, agora, não lembro bem os nomes, com um grande rádio, ouvindo o final do Mundial entre Brasil e a, então, Tchecoslováquia. Quem lembra desses nomes? Eu tinha 10 anos.
2) História contada pelo Gilmar O. Maciel: "Briga de futebol aconteceu lá no jogo do Central e São Geraldo. O saudoso nego Nerso com um canbuim de aproximadamente oitenta centímetros peleava com um sujeito que lhe levava contra o arame com uma adaga saltando este de costas, Saudoso Edegar Castro levou um talho de faca na barriga que dizem que foi para o hospital com a buchada nos braços, o alemão Edegar recebeu a ordem do carne assada que era do time visitante, guri cuida deste cavalo e da charrete e deu de mão num facão se foi a peleia o edegar por sua vez se mandou a La cria só foi encontrado na segunda feira,sendo a parte mais interessante a fuga do fuchi que deu de mão no filho e se boto a corre em direção as casa mais ou menos a uns duzentos metros do evento seu filho gritou para,pai para,pai para por que filho,perdi minha sete vida resposta do pai mais vale uma do que sete guri. Sete vidas – sapatilhas: Esta Historia é com a intenção de provocar que vocês contem a...
3) História contada por Luiz F. Bonow: Turma dos "Culinos", lembrada pelo Claudinei Terres: "Como em toda escola, há sempre um grupo querendo ser o dono do terreno. Na Escola Municipal de 1o. Grau Profa. Margarida Gastal não foi diferente. Surgiu uma turma, guiada pelo Canato (irmão mais novo do João Alberto, João Pedro, Adalmiro, Voca etc.), o qual aglutinou vários alunos, formando uma gangue. Esta gangue ia para a escola no intuito de amedrontar os que dela não participavam, alguns dos quais portavam pedaços de pau. Foi uma espécie de "bullying". Aos poucos, com medo, alunos foram se aglutinando em torno dela. E isso foi amedrontador para alunos pacatos. Porém, certa vez, surgiu outra gangue, que não sei o nome, e colocou os Culinos para correr. Essa gangue era de uma outra parte do IAS e, se não me engano, começou com um grupo que morava perto do Hotel (não lembro, mas acho que um se chamava Claudiomiro). Desde então, não se ouviu mais falar nos Culinos. Aliás, fico pensando de onde surgiu esse nome. Naquela época, associei esse nome ao creme dental Kolynos. Erros à parte, não deixou de ser uma ideia original. Gostaria de perguntar ao Canato (acho que foi ele quem criou esse grupo) de onde partiu essa ideia, esse nome"(História verídica).
4) História contada pelo Neimar V. Terres: "...Reza a lenda que, uma vez treinando o Agrisul, o João Vanderlei perguntou para um jogador do banco: 'Tu estás vendo o Marciano jogar?' (Estou, respondeu o tal jogador reserva). O Pica-Pau, então disse: 'Vais fazer o que ele está fazendo?' (Vou, respondeu o tal jogador). 'Então vais continuar no banco, porque ele não está jogando porra nenhuma...'"
5) História contada por Luiz F. Bonow: Vanderlei pedindo para eu dar pontapé nos tocos, lembrada por Luiz F. Bonow: "O Vanderlei, o Pica-Pau, foi por vários anos treinador do Agrisul. Depois que subi ao primeiro time, jogava de zagueiro e batia muito. Não tinha jogo em que não fosse expulso. Pois bem, certa vez, saindo de casa para ir trabalhar na FAEM, logo ali, onde havia balanços, perto da paragem de ônibus, encontrei o Vanderlei. Ele me chamou e disse (naquela voz gutural): 'Alemão, preciso falar contigo. Não é possível que toda vez que tu entra em campo, o juiz te expulsa. Aí, nosso time fica com um jogador a menos. Eu vou te dá um conselho: antes de entrá em campo, vem aqui (tinha uns tocos de eucalipto), dá uns chute nesses toco que tu vai entrá bem calmo em campo'. Eu fiquei sem entender. Porém, hoje, vejo que, além de treinador, o Pica-Pau era psicólogo, tipo psiquiatra Analista de Bagé. Grande João Vanderlei (História verídica).
6) História contada pelo Claudinei Terres (narrada pelo seu filho Fábio): "O pai contou que uma vez o João Vanderlei estava dirigindo o ônibus e em determinado ponto havia um policial militar de braços abertos (fazendo controle de trânsito). Segundo ele, o seu João (Pica-Pau) parou o ônibus em frente ao policial, desceu e, de braços abertos, igual ao policial, foi ao seu encontro e o abraçou.
7) História contada por Luiz F. Bonow: Costela quebrada pelo Claudinei Terres, lembrada por Luiz F. Bonow: "Certa feita, houve um jogo de futebol de salão na Usina (CEEE), hoje camelódromo. Sim, para quem não lembra, aquele terreno era da, hoje, CEE. E lá havia um campo de futebo de salão, cujo piso era de cimento. Pois bem, fui jogar em um time que acho que era da FAEM (Fitotecnia), contra outro time que, eu acho, era do Departamento de Fitossanidade (FAEM). O Claudinei quase sempre foi goleiro, porém nesse dia estava jogando na "linha". Em uma disputa de bola, ele me deu um cotovelaço que me quebrou uma costela (aquela flutuante). Embora eu fosse bem mais alto, o Claudinei era um baixinho "parrudo", era um toco. Quando senti a pancada, fiquei abaixado, quieto, levando a mão na altura do estômago. Alguns companheiros perguntaram se eu estava bem e eu respondi que sim. Naquela época, levar uma porrada e fazer drama era coisa de "cagão". E, como era muito ignorante, passei o resto do jogo procurando dar o troco. Porém, eu não conseguia mais correr. Porém, fiquei até o final do jogo. Fui para casa com aquela dor aguda e, além disso, no outro dia, fui trabalhar no Departamento de Fitotecnia da FAEM. Trabalhava, também, no dito departamento, o Carmelo Moraes (motorista). Lá pelas tantas, vendo que eu estava com a mão embaixo do peito, ele me perguntou o que estava sentindo, e eu respondi que tinha jogado no dia anterior e recebido uma pancada. Aí, pedi que ele me levasse ao hospital (Miguel Piltcher). Chegando lá, foi constatada uma quebra em uma costela, aquela "flutuante". Naquele tempo, sentir porrada era proibido. Era ter uma espécie de vergonha". Contei isso ao filho do Claudinei. Ele me disse que não se lembra. Hoje, qualquer toque é motivo para o jogador rolar no chão, colocando o árbitro sob suspeita (História verídica).
8) História contada pelo Neimar V. Terres: "Como todos sabem, além de treinador do Agrisul, o Pica-Pau dirigia o ônibus que levava os estudantes para Pelotas. Uma vez foi levar, acho que as professoras do Margarida Gastal, para um curso em Pelotas ou coisa parecida. Na volta, nas esquinas das ruas ... com Av Duque de Caxias, antes da CEE, ele virou a esquerda para pegar a Duque de Caxias quando um ciclista entra na frente do ônibus, ele da uma freada brusca para não pegar o ciclista e grita " O SEU F. DA P.", imediatamente lembra que só tem mulheres no ônibus, olha para traz e se retrata " AS PROFESSORAS ME DESCULPEM, MAS É QUE ME EMBOCE... TODO " reza a lenda...
9) História contada por Luiz F. Bonow: encontro do Chavasca comigo, meu filho (Werner Bonow) e meu pai (Arnold Bonow) na Agrícola. Sempre gostei de ver a exposição agropecuária na Agrícola. Pois bem, certa vez, meu filho, meu pai e eu estávamos entrando em uma das baias das vacas de leite (Jersey). De repente, do outro lado, aparece uma figura de bombachas brancas, camisa branca, chapéu preto, botas pretas (se não estou enganado, este era o perfil do gaúcho que saía aos domigos). E.. o Chavasca, tirando o chapéu, arremata, naquele linguajar seu, dando um tom fino na voz: "Alemãoooooooooo". O pai se desatou numa risada, meio sem jeito, no meio de toda aquela gente. E ele veio e deu um abraço no pai. "Cosa de loco". Coisa de gente humilde, simples e sincera. Ainda hoje lembro daquela imagem. Às vezes, confundimos grosso com autêntico, puro.
10) História contada por Paulo Bonow: "Costumeiramente,o Agrisul e o Central realizavam bailes e o Instituto se refastelava; mas, para se ter acesso, na portaria da sede de cada clube, se deveria mostrar um convite que, além da identificação da família (o nome do "chefe da família") e da data do evento constava o nome do "afinado jazz" que abrilhantaria o evento; também, uma pessoa da nossa comunidade poderia apresentar alguém (confiança). Aliás, tudo para evitar que uma pessoa, uma "china" ("mulher mal falada"), p. ex., pudesse contaminar o ambiente. "Gente de cor" (como se dizia).... Nem pensar! Em um desses bailes no Agrisul, entra um morcego e toca o maior rebu. O Vanderlei, sem mais delongas, manda o "jazz" (orquestra) e tasca na maior... "As mulher que se encoste na parede que os homem vão tirar o bicho prá fora!"
11) História contada pelo Neimar Terres: "Jogo entre Brasil de Pelotas x Inter de POA. O Vanderlei jogava no Brasil e chutava muito forte de esquerda. Um calor terrível em Pelotas e o Vanderlei arrebentando no jogo. Quando termina o primeiro tempo, um repórter da Rádio Gaúcha entra em campo para entrevistar o Vanderlei e pergunta: "Vanderlei, como está o jogo?" e ele responde na lata: "O jogo tá bom, o sol é que está de fudê". Reza a lenda. Observação: Estávamos nos preparando para um jogo na praia, "Praia sete", dentro do ônibus e o Ivar conta esta historia, o Vanderlei que era o treinador entra no momento e diz duas palavras: "Estas fora"...
12) História contada por Luiz F. Bonow: Certa vez fui jogar no Central, junto com o Bolacha no gol. Jogo contra o Verona no campo do Central. Eu era zagueiro e tinha um centroavante do Verona, muito rápido, muito bom e "debochado". De repente, levei um drible dele e ele saiu rindo. Não deu outra. Saí correndo atrás do dito, mas, como era muito ligeiro, não consegui pegá-lo. Depois veio o pessoal do deixa-disso e tudo terminou bem. Inclusive com o centroavante e eu conversando ao final do jogo. Passado alguns dias, o Bolacha e o Marzinho me convidaram para um baile no Fragata. Exatamente no chamado "Bairro Verona" que, na realidade, era apenas umas ruas. Mas, eu não sabia que era na sede do Verona. Entramos, fomos, como de costume, até o bar e, de repente, aparecem uns caras. E um deles era o tal centroavante. Chegou para mim e disse alguma coisa como "eu lembro de ti e aqui é nosso lugar". Putz. Olhei para o Bolacha e o Marzinho e não vi companheirismo. Era como se eles me dissessem: "Te vira". Lá pelas tantas, foi uma gargalhada só. O Bolacha, O Marzinho e eles começaram a rir porque tudo não passou de uma "armação". Eu acho. Eles disseram que era brincadeira, que não tinham nenhum ressentimento. Inclusive, disseram-me: "se alguma guria não quiser dançar com vocês, venham me contar, porque aqui ninguém pode 'dar carão'". História verídica.
13) História contada por Tonilar C. Afonso: Havia um centro espírita que ficava localizado perto da "cacimba", no início do mato que dava para o piquete. Certa vez, o Pompéia, saindo meio tonto da sede do Agrisul, foi dar lá. Como é de praxe, nos centros espíritas sempre há alguém que começa fazendo uma prece. Lá pelas tantas, o orador disse: "Todos nós temos outro por dentro", fazendo menção à rencarnação. Aí, o Pompéia não se conteve e disse: "Ih, já bobeou"! Diz-se que alguém levantou e, passos quietos, pediu para que ele se retirasse do recinto.
14) História contada por Honório Bica: "tem uma do Pompéia, na sede do Agrisul. Estava uma turma de amigos convesando sobre casadas jumto com suas mulheres, onde estava seu Mario bastos com a esposa,falavaõ sobre casada de jacu,estavaõ todos enpolgados ,quado sauto senhor pompeia e dice aja cu para min comer ,isto bebado é clara ,ja vio no que deu ,mario bastos saiu pauzeando pobre pompeia.
15) História contada por Luiz F. Bonow: Sobre Judas e Sexta-Feira Santa: Era comum, em toda Sexta-Feira Santa, a gurizada sair com um boneco de palha e colocar na porta de moradores o "Judas". Certa feita, o Judas foi colocado na casa de um morador tido como "maioral". Esse maioral, dizem, havia morto um enfermeiro muito querido. Então, quando o Judas foi colocado em sua porta, o mesmo saiu dando tiros e queimou o dito. Em vez de brincadeira, a coisa se tornou séria. História verídica.
16) História contada por Luiz F. Bonow: "O seu Abilinho fazia rapadurinhas em casa e o Juquinha, eu e mais outros saíamos para vender. Na volta, em vez de dinheiro, nosso quinhão era uma rapadurinha. É verdade.
17) História conta por Luiz F. Bonow: Para comprar cigarros, eu e outra gurizada íamos apanhar pepinos... quem lembra o nome do dono da chácara? Ela, hoje, fica na frente do Cemitério. Além de comprar cigarros, o dinheiro dava para jogar bilhar na sede do Agrisul. À noite, em uma peça que ficava ao lado do salão de baile, perto do "coreto", havia uma mesa de snooker e bilhar. Ali ficava nosso ganho e em cigarros da marca "Que Tal", "Continental", "Presidente", "Tufuma", Hollywood". Tinha até uma frase que dizia: "Que Tal, Presidente, Tufuma Hollywood?".Quem lembra? Os grandes jogadores e "sinuca", se não me engano, eram o Nico e o Tim. Quem lembra?
18) História contada por Luiz F. Bonow: O pai tinha em casa um porco. Para alimentar o dito cujo eu ia até o restaurante da FAEM pegar "lavagem". Quando, enfim, o bicho engordou, o pai e outros que não lembro agora, mataram-no. O que me lembro bem era do grito do animal. Depois, a água fervente, a raspagem com lâmina de barbear, corte do bicho, tripas para fazer linguiça e todo aquele ritual. Certa feita, tive uma chácara em Morro Redondo, onde cultivava milho, abóbora japonesa, pepino, batata inglesa, tinha uma horta com tomates, alface, repolho, couve-flor etc., um pomar de pessegueiros, galinhas (ovos à vontade, porcos, égua, vacas de leite (de onde se fazia queijo), um parreiral, onde fazíamos vinho. Enfim, tudo o que uma pequena propriedade tem. Então, certa feita convidei meu tio (Mário) para matar um porco. O pai, ele e eu chegamos na chácara bem cedinho. Pegamos o bicho, que pesava perto de 100kg, amarramos e o pai mais eu ficamos segurando o animal. Nunca me esqueço. O tio Mário, com toda segurança, enfiou o faca no dito, que nem resmungou. Porém, lembrei do porco que o pai tinha matado na nossa casa, no Instituto. Depois de tudo feito (para matar um porco e fazer tudo o que tem que fazer leva quase um dia - claro, contando que éramos três), água quente para limpar o bicho, lâmina de barbear para tirar o pelo, carneação, feitura de linguiça, morsilha etc., fomos para casa. Alguns dias depois, minha mulher inventou de fazer o porco, isto é, assar. Não consegui comer. O mesmo aconteceu com patos e galinhas. Não conseguia comer. Quem lembra da fazenda da Vó Donalda? Pois é, olhava para o prato e pensava: bah, vou comer um amigo, um ente querido. E, claro, ficava com fome.
19) História contada por Luiz F. Bonow: Aos domingos, reuniam-se em nossa casa e em outras, meu pai, Arnold, meu tio (Helmuth, às vezes), meu avô (Adolf), o Schwartz (não lembro o nome, mas era um negro encanador que falava alemão), seu Beskow (às vezes), e outros que não lembro mais. Quem lembra? Eles se reuniam para jogar a "bisca". Neste jogo se usa o baralho espanhol e é integrado por quatro participantes. O "mão" e mais três. A cada rodada, muda o "mão". O "mão" é quem dá as cartas. Sorteadas as cartas, alguém diz: "O trunfo é tal". O que quer dizer isso? Quer dizer que, a partir daquele momento, esse que fala (presume-se) que detém as melhores cartas daquele naipe que ele sugeriu como "trunfo". Logo, os outros dois se unem, fazendo uma dupla para vencer o que tem o "trunfo". Daí, surgem os gestos, os quais são acompanhados por todos. Quer dizer: um olho no peixe e outro no gato. O sujeito fica olhando suas cartas enquanto fica passando o olho para ver o que os outros dois estão "tramando" Por que concentração? Porque cada carta que sai tem que ser memorizada para saber quais as que sobrarão no final, no intuito de jogar cartas em branca e esperar o melhor momento para jogar as cartas "valendo". Jogo extremamente interessante, difícil. Eu lembro que só ouvia "mmmuuhhumj....hummmuummuuhm..
20) Conta uma história de que o seu (pai do Boca) disse que tinha viajado de avião. Porém, certo dia, um avião sobrevoando no céu do Instituto, ele disse: "Um dia hei de andar de avião"
21) Conta, também, uma história que o seu (pai do Boca), disse que foi fazer uma pescaria na fronteira entre Brasil e Uruguai. Andou tanto que se perdeu. E agora, onde estou? Foi quando ouviu "quiero-quiero". Então, pensou: estou no Uruguai.
22) História contada pelo Laco: Havia um morador no IAS que tinha se mudado lá pelos lados da Central (não é bem na Central) para a parte de cima, onde fica hoje a sede da EMBRAPA, na vila dos moradores que fica à esquerda de quem entra no portal. Bueno, esse morador era do tipo que, quando chegava em casa, depois do trabalho, a mulher fazia tudo pra ele. A primeira coisa que ele fazia quando chegava da labuta era se sentar em um toco, com o cusco ao lado. Logo em seguida vinha sua mulher com o mate pronto e com uma chaleirinha chiando. E ela ficava esperando que ele desse a primeira bebericada para ver se estava a gosto. Pois um dia, a mulher lhe serviu o mate. O dito deu uma sorvida e puf... deu uma cuspida que saltou em cima do cusco que saiu gritando: caim, caim, caim... Diz-se que o animal chegou a perder o pelo. O tal morador olhou para a mulher e disse: "mas não é possível, a água tá fria". Disseram que foi verdade.
23) História contada por Luiz F. Bonow É, eu acho que meu tio Alberto Becker (Bequinha ou Beca) também participava dos jogos de bisca. Normalmente, eram quase que só Deutsch que participava do carteado. Inclusive, era interessante porque eles passavam praticamente todo o domingo e não se ouvia um "pio". É que o jogo da bisca tem que ter concentração, tem que se decorar toda carta que cai na mesa. O interessante eram os gestos para se comunicar. Isto é, passar informações para o companheiro. Mais interessante ainda é que a cada rodada o companheiro poderia ser diferente. Mas, sobre os gestos, quem lembra? Por exemplo, dar uma puxadinha na ponta da orelha, coçar o nariz etc. Mas, tinha dois alemães que moravam no IAS que também participavam do jogo. Não lembro seus nomes.
24) História contada por Luiz F. Bonow: 1) Sobre separação de classes no IAS: Todos os que viveram no IAS devem lembrar de vários casos de separação de classes. Por exemplo, à esquerda de quem entre no portão havia várias casas parecidas. Eu nunca consegui entender essa lógica. Por exemplo: nós morávamos nas casas mais simples. Geralmente, as casas que ficavam na frente da rua principal (aquela paralela ao campo do Agrisul) eram melhores, mais bonitas. A primeira e a segunda casa de cada rua eram geminadas, porém eram casas boas. Já a terceira, que era o caso da nossa, era casa com pátios grandes porém pequenas (mais ou menos uns 760-70 metros quadrados de área construída). Já as casas no final da vila também eram boas. Então, as casas das ruas 1 e 2, com exceção das duas primeiras, eram pequenas. Porém, a partir da terceira rua, as casas eram melhores que as nossas, porém, ainda menores que as primeiras. Depois vinha a sede do Agrisul. Daí para frente, a partir da casa da Baronesa até a hidráulica (perto da oficina) era praticamente um território que a vassalagem não podia trafegar, pois ali moravam o Diretor (casa na esquina da Baronesa) e os engenheiros agrônomos. Alguns funcionários da área administrativa moravam atrás. Quer dizer, havia separação de classes. Na nossa vila moravam trabalhadores do campo, pintores, carpinteiros, mecânicos, motoristas. Nas casas da rua da Baronesa moravam engenheiros agrônomos e o diretor. À direita, em frente à Escola Margarida Gastal, também moravam engenheiros agrônomos (casas com lareira, escritórios, jardins de inverno). Como disse acima, nunca entendi essa lógica. Claro que, notoriamente, o IAS foi construído com a ajuda dos E.U.A. pós-guerra, para terem aliados contra a ex-CCCP (União Soviética). Havia um programa dos Estados Unidos para a América Latina chamado USAID. Através desse programa, eles injetaram dinheiro em vários países, principalmente no Brasil, por sua extensão territorial. Foram enviados para cá ônibus, jipes, camionetes, material de escritório etc. Não sei se ainda existe a oficina, mas se ela existe deve haver por lá esses carros. Entretanto, acho que quase todos foram a leilão. Essa e outras histórias pretendo contar para resgatar a memória do IAS, IPEAS, EMBRAPA, Agrisul e Central através do site www.luizbonow.comunidades.net.
25) História contada por Luiz F. Bonow: 2) Sobre separação de classes no IAS: Havia no IAS uma cooperativa que ficava localizada perto da vila dos lagartos e da olaria dos Tim. Para chegar lá, a gente tinha que passar pela rua dos agrônomos. Porém, paralela à vila dos agrônomos havia outra rua que eu usava para chegar na cooperativa. Essa rua ia dar na oficina. Era um suplício para mim ir até a cooperativa para comprar pão, pois eu tinha que passar perto da rua dos agrônomos, que torciam o nariz para nós. Para quem lembra, havia uma quadra de tênis, muito bonita, paralela ao campo do Agrisul. Ela era cercada por ciprestes altos, de maneira que dificilmente alguém conseguia enxergar quem lá estava jogando. A quadra era de saibro, cerca por tela. Nós, os vassalos, ficávamos olhando de longe chegarem aqueles carros antigos de onde desciam as mulheres e os homens vestidos de branco. Não tenho certeza, porém, o mentor da criação dessa quadra de tênis foi o russo, naturalizado brasileiro, Bertels (acho que fitossanitarista) e sua mulher. Ele havia fugido da Revolução Russa. Depois de sua aposentadoria, fez aquela casa, muito parecida com a sua, na Avenida Eliseu Maciel. O seu carro, importado, já na época era automático. Quem lembra? Com quem ficou essa casa? Ela, hoje, parece abandonada. Seu Valdemar Terres era seu braço direito e, depois, seu filho (?). Quem lembra? Essas e outras histórias são contadas em https://
26) História repassada para Fabiano e Aline contada por Vanderlei Terres (Vando) sobre o Dr. Bertls: O nome completo dele é Andrej Bertels Menschoy nasceu na União Soviética em 25 de fevereiro de 1905. Formou-se em Engenharia Agronômica em 1930 pela Universidade de Belgrado. Realizou o curso de Pós-Graduação na Universidade de Munique com a apresentação da tese "Efeito do DDT sobre o sistema nervoso dos insetos" em 1946. Em 1948 mudou para o Brasil fixando residência em Pelotas-RS, onde começou a trabalhar no Instituto Agronômico do Sul que posteriormente foi transformado em um órgão da Embrapa denominado de Uepae - Pelotas, atualmente Embrapa Clima Temperado. Foi professor convidado da UFPEL e UCPEL onde foi honrado com o título de Professor Benemérito em 1968. Em 53 anos dedicados à pesquisa reu...niu um "curriculum vitae" invejável. Além do interesse pela pesquisa tinha como característica marcante a simplicidade de viver até que em 1955 foi acometido de grave enfermidade, sendo diagnosticado como câncer no aparelho digestivo, porém sua persistência pela vida o levaram ao maior centro médico do País em São Paulo, onde os exames revelaram tratar-se de acúmulo de cloro orgânico em seu organismo, cujo diagnóstico estava absolutamente correto, pois foi o primeiro homem a aplicar o poderoso DDT nas lavouras da Alemanha cerca de 10 anos atrás. Após um período de tratamento e desintoxicação restabeleceu-se plenamente e seguiu sua trajetória natural de pesquisador. Sua sala de trabalho ficava ao lado dos experimentos com o propósito de ver, pela janela, o crescimento das plantas diariamente. Desta forma dedicou todo seu tempo à ciência e à pesquisa. A sua esposa Tatiana Menschoy (falecida em 1983), segundo ele, cuidava de todas as coisas de que não gostava, a exemplo do dinheiro. Faleceu em Pelotas, RS em 2 de fevereiro de 1989 vítima de derrame cerebral, deixando além de uma valiosa coleção de insetos preservada pela EMBRAPA e uma vasta biblioteca particular doada à biblioteca da UFPEL. (Informações retiradas da homenagem oferecida para o Dr. Bertels pela Sociedade Entomológica do Brasil durante o XX Congresso Brasileiro de Entomologia - Gramado, RS 5 à 10 de setembro de 2004).
27) História contada por Edegar Medeiros sobre o Dr. Bertels: Eu devia ter uns 14 ou 15 anos por aí,nessa época eu trabalhava na entomologia;certo dia o dr Bertels me convidou para jantar em sua casa,naquele tempo terminava o expediente as seis horas da tarde,pois bem cheguei em casa fui direto tomar banho e botei a melhor roupa que tinha;minha mãe estranhando minha atitude perguntou:o que é isso guri,aonde vais? e eu todo orgulhoso disse,vou jantar com o doutor e lá fui eu. Fui muito bem recebido pelo casal,ficamos na sala principal conversando ( O QUE ) daí uma meia hora o dr deu a ordem; TATIANA,SERVE O JANTAR e la fomos nós,eu louco de fome e desconfiado pois não sentia cheiro de comida ;foi servido um sanduiche (acho que é assim que se escreve)com uma folha de alface,outra de mortadela e só, regada a uma xícara de chá,Na minha ignorãnsia eu pensei que aquilo era a entrada para o prato principal,que nada enseguida veio a ordem;VAMOS VOLTAR PRA SALA.Mais alguns minutos de conversa (O QUE) e fui convidado a me retirar.Cheguei em casa galgo de fome raspando tudo que tinha nas panelas quando chegou minha mãe perguntando;ué tu não foi jantar na casa do doutor?que nada mãe,aquela gente passa fome,prefiro a tua BÓIA..........
28) História repassada para Fabiano e Aline por Vanderlei Terres: Realmente Luiz o pai (Vando) comentou que era difícil na época que trabalhou com o Dr, convidarem alguém para alguma refeição. Pode ser que tenha acontecido antes dele ter trabalhado. Disse também que só uma vez lhe convidaram para almoçar, como costume todos os domingos de manhã ia na casa do D. Bertels dar-lhe um medicamento, naquele dia já era perto do meio dia, por isso os convidaram. A comida era umas trouxinhas de couve com carne moída coberta por um molho, muito gostoso também foi a única vez em todo aquele tempo.
29) História contada por Luiz F. Bonow: Um outro fato pitoresco era o açougue do seu Pedro Sandrini. Quando havia carneação lembro que ia junto com outra gurizada lá no portão, onde começava o corredor de arame que levava os animais até o brete do açougue e nós íamos do lado, acompanhando. Normalmente, eram animais "brabos" e, de certa forma, era um perigo fazer isso. Mas, moleque é moleque. Quando os animais estavam no brete, subíamos nas tábuas e ficávamos olhando eles serem laçados. Ao lado do brete tinha uma porta que dava acesso ao matadouro. Esse matadouro, se não me engano, era arredondado, com uma porta saindo do lado oposto e no meio outra porta que dava acesso ao açougue para venda de carne. Pois bem, no meio do matadouro, que tinha um piso liso para o animal não poder fugir, havia uma espécie de palanque. Entretanto, eram dois paus com uma abertura para passar a maromba. Quando o animal era laçado, essa maromba passava entre os dois paus. Às vezes eram necessárias várias pessoas para puxarem o animal. Outras vezes, a maromba era amarrada a um cavalo que puxava o boi. Puxado o bicho, calmamente, com a certeza de quem sabe o que faz, o seu Pedro passava a faca numa chaira e a deixava bem afiada. A partir daí era dado o golpe certeiro. O sangue jorrava e alguém já ia atirando água no chão e varrendo para a outra saída, onde havia um aparador. Ali, normalmente, ficava uma cachorrada esperando alguma sobra que não era aproveitada. Depois, o animal era puxado para cima pelas patas traseiras e levantado. Após, era tirado o couro e, depois, começava um corte bem acima da barriga que vinha descendo até quase o pescoço. Aí, depois de alguns cortes no interior do bicho, caía a buchada, tripas etc. Muitas e muitas vezes nós pedíamos a bexiga para fazermos uma bola de futebol. Incrível, mas era verdade. Certas vezes, algum animal se soltava e era uma confusão danada. Parece que uma vez um animal se soltou e entrou dentro da casa do "Mão Pelada" (Teodoro Neumann). Quem lembra? Disseram foi verdade.
30) História contada por Sandro Pires: Uma das muitas histórias que eu lembro é que nos dias de jogos da Embrapa pelo campeonato leonense onde fomos campeões em 1999, dentro do nosso vestiário éra uma festa, um sambinha rolava levemente, uns no banho, outros no vaso rsrsrs (eu), mas ai chegava o nosso professor grande NANICO, e ja colocava ordem na casa, dali fazíamos o aquecimento perto dos balanços e íamos pro campo, muita gente em volta e quando saia gol, nossa que foguetança hehehehe, muito bom ter feito parte desse grupo, época em que jamais me esquecerei.....
31) História contada por Luiz F. Bonow (sobre bailes 1): Certa vez, em um baile no Agrisul, fui tirar uma guria para dançar. Era uma pessoa muito quieta, bonita e inteligente. Quando pedi para dançar ela aceitou. Pois bem, uma coisa que me chamou a atenção é que ela tinha tomado um banho de talco. Inclusive o talco aparecia até no pescoço. Começamos a dançar e fiquei "entusiasmado" e a segurá-la para mais perto. De repente, chega o pai dela, em pleno salão, era presidente do Agrisul, e me falou no ouvido: "Nande, não aperta muito minha filha que vai ficar chato pra mim". Era uma pessoa muito querida no IAS, mas não foi o Pica-Pau. A história é verdadeira e olha que eu deveria estar uns 30cm longe dela.
32) História contada por Luiz F. Bonow: Nós tínhamos um pátio grande, aberto dos dois lados. Pois bem, tinha uma gurizada que gostava de atravessar correndo o pátio para fazer "troça" da minha cara. Eu passava uma tábua no pátio, igual àquela de alisar cancha de bocha e a gurizada se divertia passando correndo e deixando as marcas no chão bem lisinho. Um dia pensei: vou fazer algum coisa. Em um dos lados, que ficava em frente à casa do seu Dorval Ossanes, tinha dois moirões. Peguei um arame e estiquei bem, de ponta à ponta. À noite, peguei a bicicleta e fui na sede do Agrisul. Quando voltei, esqueci do arame. Adivinha quem foi o trouxa que quase foi degolado pelo arame? Caí feito um saco com um vergão no pescoço. História verídica.
33) História verídica contada por Luiz F. Bonow: Era o ano de 1977. Estava o Delamar (irmão do Edegar e do Bolacha), o Aquilino e eu conversando no hall da UCPel, na época, perto do cafezinho. O Delamar estava estudando Administração ou Economia (não lembro bem) e o Aquilino e eu Matemática. Conversa animada e o Delamar (muito sacana) diz pra mim: "Tu tá vendo aquele cabeludo ali?". Eu respondi que sim. E ele: "Então, só cuida". Falou ao Aquilino: "Tu tá vendo aquele cabeludo ali?". O Aquilino acenou que sim. E o Delamar: "Vai lá e diz pra ele que homem de não usar cabelo comprido". Dito e feito. O Aquilino, com os livros embaixo do braço foi lá e disse que homem não podia usar cabelo comprido. O sujeito ficou atônito. Ficou meio abobado. O Delamar me disse: "Vamos cair fora, faz de conta que não conhecemos o Aquilino". Foi mais ou menos assim. O Edegar Medeiros pode perguntar ao Dela se ele se lembra disso.
34) História verídica contada por Luiz F. Bonow (sobre caça e pesca: históricas verídicas 1): o Zé Toco, todos sabem, sempre foi um apaixonado por caça. Para ir da cidade até o campus, nós íamos no mesmo ônibus. Um dia ele sentou no banco ao meu lado. Começamos a conversar e surgiu papo sobre cachorros. Eu disse para ele que tinha uma cadela perdigueira portuguesa (eu nem sabia que tinha cadela perdigueira portuguesa). Ela era toda preta e tinha o nome de Moura. Certo dia, na minha casa, um gato se postou em cima do muro. Ela fixou o olho no gato, levantou a pata esquerda (ou direita, não lembro bem) e não se mexia. Parecia uma estátua. De repente, começou a tremer. Aí que entra o Zé Toco caçador. Ele me disse: "Tu tinhas que dar um pontapé na bunda dela". Ele explicou depois: "Eu tenho perdigueiros e, quando vou caçar, no início eles ficam assim. Têm o instinto da caça. Quando ficam em casa por muito tempo, se 'estressam'. Então, quando os levo para uma caçada, ficam que nem tua cadela, parados, e começam a tremer. Aí eu dou um chute na bunda deles e eles saem voando atrás da caça". Interessante: ele me disse, inclusive, que o cachorro pode sofrer um ataque e, até morrer.
35) História verídica contada por Luiz F. Bonow (sobre caça e pesca: históricas verídicas 2): Certa feita, o Vitor Hugo, o Zé Toco e eu estávamos saindo da sede do Agrisul (acho que isso foi num sábado à noite, não lembro bem). Lá pelas tantas o Vigor Hugo perguntou se nós não queríamos sair para pescar no outro dia. O Zé Toco e eu dissemos que sim. Pois bem, o Vigor Hugo tinha um barco que ficava ancorado perto da casa das bombas (um braço do Arroio Padre Doutor, que desaguava no São Gonçalo - disse desaguava porque hoje ele praticamente não existe; só quem conheceu para saber que, por exemplo, a ponte era antes da atual e de tábua, nas margens havia muitas árvores; depois que foi mudado o seu curso, houve desmatamento e ele praticamente desapareceu). Para chegar na casa das bombas havia uma porteira ao lado da hidráulica (que ficava e/ou fica ao lado da oficina). Então, chegando lá, embarcamos e rumamos na direção do São "Gonçalves", como alguns diziam. No meio do percurso, o Vitor Hugo perdeu a fateixa. Bom, fomos seguindo. Quase ao final do canal que leva ao São Gonçalo, ficamos pescando mas não pegamos praticamente nada. Voltando, eu não me lembro bem como foi, mas sei que o Vitor Hugo deixou (acho) outra fateixa pendurada que acabou "pescando" a que foi perdida. Perguntem a ele e a Zé Todo se eles lembram. Talvez a história não seja tal e qual estou narrando, mas aconteceu.
36) História verídica contada por Luiz F. Bonow (sobre caça e pesca: históricas verídicas 3): meu avô tinha uma espingarda antiga e certa vez ele me emprestou. Acho que ele nunca usou, pois era de boa paz. Pois bem, levei a espingarda para casa com alguns cartuchos carregados e certo dia me mandei até o São Gonçalo, para ver se caçava uma marreca ou alguma coisa parecido, pois eu não tinha experiência nenhuma com arma de caça. Fui sozinho, me sentindo como o próprio Daniel Boone. O problema é que não havia marreca nenhuma, marrecão nem pensar. Fiquei um tempão escondido no meio do junco e nada. Aí, pensei: não vim aqui para ficar olhando para o nada, com a espingarda na mão, esperando uma marreca. Vou atirar no primeiro bicho que aparecer. Não deu outra. Levantou voo, um biguá, naquela moleza toda. Preparei, engatilhei, mirei e booooommmmm. Mas, não foi aquele BOOOOOOMMMMMM. Foi um bum chocho. O cartucho acho que era tão antigo que saiu uma fumaceira medonha e o biguá saiu mais tranquilo que sapo em poço. O problema de alguém acreditar ou não é que eu estava sozinho. Mas que foi verdade foi.
37) História verídica contada por Luiz F. Bonow (sobre caça e pesca: históricas verídicas 4): eu nunca fui um bom pescador. Geralmente, pegava lambaris, tambicus, pequenas traíras (aliás, minha mãe ficava furiosa porque meu pai levava essas traíras, fritava e se engasgava com as espinhas), pequenos jundiás etc. Um dia, morando no Laranjal, nós fomos pescar no São Gonçalo. O pai morava perto do Clube Valverde e íamos a pé, pelo meio do campo, até o São Gonçalo, onde tinha um pesqueiro muito bom. Geralmente, nós pescávamos pequenas corvinas. O pai, que não estava nem aí, jogava a linha perto da barranca. Então, de repente, ele sentiu um puxão na linha. Calmamente, começou a puxá-la e me chamou, dizendo que estava pesada, que achava que tinha trancado. De repente, nós vimos que era uma cascuda. Nunca havia pescado um peixe grande. Felizes, fomos embora. Para se ter uma ideia, eu levei o bicho, na mão direita, na altura da cintura, com o braço perpendicular ao corpo, e ela arrastando o rabo no chão. Naquela época eu media, mais ou menos, 1,80m. Hoje, não passo de 1,77 de altura. É interessante que, à medida em que envelhecemos, diminuímos de tamanho (assim como outras "partes") e aumentamos as orelhas, o nariz... Mas, foi verdade. Inclusive, nós deixamos a cabeça da cascuda um bom tempo pendurada no portão.
38) História contada por Luiz F. Bonow (sobre o Praia Sete 1): fato lamentável. Nós, os jogadores, nos fardávamos dentro do ônibus que fazia excursão até o campo do Praia Sete. Pois bem, certa vez, um "cartola" disse o seguinte, antes de uma partida importantíssima, que nos levaria a ficar entre os quatro primeios (o outro time eu não lembro bem, mas sei que era das Três Vendas que, inclusive, nós já havíamos ganhado deles na primeira fase: "Pessoal, o jogo tá ganho". Todos ficamos nos olhando sem saber o porquê do que ele havia dito. Somente após o jogo, o qual perdemos de 5 x 1, ficamos sabendo que o dito "cartola" tinha dado dinheiro a um juiz. História lamentável e verídica. Quem estava naquele jogo pode confirmar.
39) História contada por Luiz F. Bonow (sobre o Praia Sete 2):
73) Rute dos Santos Grillo: O Antônio, filho da D. Mocinha, pilotava uma carroça. Eu lembro que ele entregava compras lá em casa Luiz Bonow. Pena que eu não lembro o sobrenome dessa família!
84) História contada por Luiz F. Bonow (verdadeira):
91) CERTA VEZ, O PAI E EU ESTÁVAMOS PESCANDO NO CANAL DA CENTRAL. NÃO TAVA DANDO NADA, SÓ TRAÍRA PEQUENA QUE, ALIÁS, MINHA MÃE FICAVA FURIOSA QUANDO A GENTE CHEGAVA EM CASA E ELE TINHA QUE FRITAR E O PAI SEMPRE SE ENGASGAVA. POIS BEM, MEIO CHATEADO, VI QUE DO OUTRO LADO DO CANAL ESTAVA UM SOCÓ. COISA DE GURI, PEGUEI UM PEDAÇO DE PAU E ATIREI. POIS NÃO É QUE O PEDAÇO DE PAU DEU CERTINHO DA CABEÇA DO SOCÓ. E O SOCÓ, PIMBA. MORREU. COM PENA DO QUE TINHA VISTO, ATRAVESEI O CANAL, NAQUELES CORGOS QUE DAVAM PÉ E TENTEI REANIMAR O BICHO. INFELIZMENTE, ELE ESTAVA MORTINHO. FUI PRA CASA COM A CONSCIÊNIA MAIS SUJA QUE PAU DE GALINHEIRO. PRA PIORAR, CHEGANDO EM CASA, PARA VARIAR, LEVAMOS OUTRA BRONCA POR CHEGARMOS DE NOITE E COM TRAÍRA PEQUENA. CHEIA DE ESPINHAS. HISTÓRIA VERDADEIRA.
92) História contada por Zeli Bastos: o sidnei meu irmao tinha o apelido de perrerreca,por causa de uma historia que vou contar,nos tinhamos aula com a ines monks na casa dela que ficava perto da leitaria la na central atras da casa do dr saco.um dia o tempo se armou para um temporal que ate ficou noite,a ines disse que o mundo ia acabar e as crianças começaram a chorar.entao o sidnei chorando dizia ;zazaza vamos embora que as perrerrecas ja estao voando;zazaza era o apelido que ele me chamava.
93) História contada por Sidnei Xavier: Lembro dos churrascos,(principalmente de formatura da universidade),no mato da botanica,eu q era guri,junto com outros colegas ficavamos esperando ofim da festa pra pegar as sobras,carne assada e bebidas. O churrasco era assado em espeto de pau numa vala feita na primeira clareira em frente a casa q morava o Dr Eduardo Gomes. As bebidas ficavam gelando em tonéis de latão cheios de gêlo. Curioso era q naquela época ja se encontrava casais namorando no meio do mato,e nós ficavamos escondidos espiando. O nosso ponto alto era despois q todos iam embora,faziamos uma verdadeira gerra de gelo. Era muito divertido. Quem lembra comente.
94) História contada por José Luis Costa (citando o seu Felizardo): História contada pelo falecido Felizardo pai da minha espôsa Rosa, o Canguçú ficava na guarda na parte de cima IPEAS e o Felizardo na parte de baixo Central, então o Canguçú ligava pro Felizardo para falar da guarda que era formada pelo Cabo Galdino e o praça Cláudio, metia-lhe a lenha (aquele nêgo FDP, irreponsável, só tá aqui pra receber no final do mês, pois é um medroso, se alguém enfrentar, periga disparar com cacetete, armas e tudo, não é Felizardo? que respondia, não! é um homem de bem, cumpridor dos deveres e por aí em diante), tudo tramado com o Cabo Galdino que tava junto com ele, pra ver se o Felizardo concordava e caia na dele, mas este muito astuto, percebia o engodo, quando derrepente era uma gargalhada só do Canguçú e do Cabo Galdino no outro lado da linha.
95) História contada por Luiz F. Bonow: Quando estava (acho) que no quarto ano do primário da Escola Margarida Gastal, houve um concurso de redação das escolas públicas primárias de Pelotas (nesta época o Capão do Leão era um subdistrito de Pelotas), sobre a Rádio Pelotense (acho que era sobre o Jubileu de Prata, não sei bem). Eu ganhei, e como prêmio, deram-me um par de sapatos da Procópio (uma loja de sapatos). Eu nem sabia como usar. Tinha até vergonha. História verdadeira, que, infelizmente, não tenho como comprovar. Só lembra que, um dia, estava indo com o pai, de bicicleta, e usei os sapatos. Como lembrança, o pai e a mãe me deram uma camisa do Farroupilha (time que até hoje sou torcedor). Mas, fiquei louco de vergonha quando botei a camiseta e o sapato.
96) História contada pelo Laco (1): tinha um engenheiro agrônomo chamado Potolowsky (eu acho, uns diziam Potoloski). O dito agrônomo teve um problema cardíaco e foi internado para fazer uma ponte de safena (acho que em Porto Alegre). Chegando no outro dia no IAS, o Chavasca disse para o Dr. Bertoldi (com aquela voz dele): Dr. Bertoldi, o Dr. Potoloski morreu de ponte de sanfona. O Laco disse que foi verdade. História contada por Gilmar Maciel: Nandi acredito que este safenado foi o mesmo que plantou um experimento de amendoim,quando a planta estava com aproximadamente um metro de altura,chamava todo mundo para ver,porem em algum tempo começou a secar o que é normal,não sabendo disso e preocupado que seria motivo de criticas,chamou um funcionário meio que de cantinho e ordenou que este gradeasse tudo pois devia ter dado alguma peste e o experimento estaria perdido o mesmo funcionário solicitou que o safenado fosse até a lavoura dizendo a ele este foi o melhor experimento de amendoim já visto mandando que ele arranca-se um pé da planta com raiz e tudo pare-se até mentira o doutor não sabia que a fruta do amendoim da debaixo da terra.
97) Não sei quem contou essa história, mas teve um engenheiro agrônmo que, quando chegou em uma lavoura de amendoim, perguntou: mas que barbaridade, não nasceu nada. Os servidores não falaram nada, apenas arrancaram uma muda e mostraram para ele que o amendoim cresce embaixo da terra.
98) História contada por Oscar Dario da Luz Gonçalves: Na ida para um baile na Central eu e o Claudio Renato P A (Tado ) filho do Canguçu , no passar pela ponte de madeira tinha uns pescadores acampados ,Nos jogamos umas pedras na água e eles nos chingaram e nos retribuimos tambem até hoje não sei quem é , bom fomos pro baile , quando chegamos na guarita encontramos o seu Felizardo o Julho Bica e o Oscar Fernando filho do seu Miranda . O seu Felizardo nos perguntou se tinhamos visto alguma coisa estranha na ponte dissemos o que tinha acontecido com os pescadores , nisso o Julho e o Oscar estavam quase mortos de cansados de tanto correr, porque viram uma sombra voando do lado da ponte , Calcula se que essa sombra seja dos pescadores que estavam recorrendo rede ou espinhel e levantaram o lampião e a sombra parecia maior. Mas o engraçado que o Oscar estava numa bicicleta de corridas e o Julho numa Monareta, como o Julho não alcançava o Oscar ele desceu e empurrava a bicicleta e dizia me espera que eu sofro do coração. Isso tudo eles nos contaram, é claro que nos pediram segredo ,mas eu não pude perder a oportunidade de tirar uma casquinha e só espalhei pra todos no onibus escolar.
99) Históric contada por Luiz F. Bonow (verdadeira): O Laco encontrou com o Vilson Ness da Silva (que erradamente eu chamava de Vilson Rodrigues), o Sequinho, e me passou o telefone dele. Uma curiosidade é que o Vilson e eu usamos os óculos Ray Ban há muitos anos. Ele, inclusive (falando por telefone) me disse que ele tem o original. Outro ele ganhou de presente de sua filha. Eu uso óculos Ray Ban desde que comecei a trabalhar (aos 18 anos). Já tive uns 5. Ele é bem caro. Pela Internet é mais barato, porém duvido da qualidade. Hoje, conversando com ele eu disse que conhecia apenas duas pessoas na cidade que sempre usaram esses óculos: o Vilson e eu.
100) História contada por Luiz F. Bonow (verdadeira): Eu jogava no Guarany, pelo Campeonato Colonial. Porém, certo domingo nosso time estava de folga. Então, peguei meu fuscão verde e fui assistir a um jogo do Agrisul (ou EMBRAPA, não lembro bem). De repente, houve uma confusão com o Clauby. Eu não tive dúvidas, pulei o arame e me meti na confusão, dando soco para todos os lados. Aí surgiram dois armários e se mandaram na minha direção. Então, eu corri e caí no chão. Os caras começaram a me chutar e um sujeito entrou e se meteu, apartando a briga, junto com outros. Hoje, conversando com ele, contei essa história. Ele lembrou vagamente. Mas, eu não esqueci. Vilson Ness da Silva. Me tirou de um baita sufoco. Nessa época do Vilson não jogava mais, ele havia quebrado o tornozelo e ficou com um problema no pé.
101) História contada por Vilson Ness da Silva: O Vilson me disse que nunca jogou no primeiro time do Agrisul. Porém, no segundo time, eles ficaram 50 partidas invictos. A madrinha do time era a Maria Edite, que preparou um bolo e levou no vestiário para comemorar esse feito.
102) História contada por Luiz F. Bonow: Eu estudei no Colégio Agrícola Visconde da Graça. Naquela época se chamava Agrotécnica. Os alunos eram separados em "classes". Os da primeira até a terceira série do ginásio moravam num local chamado "pulgueiro", onde dormiam mais de cem alunos. Depois vinham os alunos da quarta e quinta séries do ginásio que já dormiam em um outro alojamento melhor e, por fim, a elite, os alunos do técnico (científico) que dormiam em apartamentos. Pois bem, no nosso alojamento, os banheiros eram equipados com um pequeno orifício no chão para se fazer as necessidades. Não havia vaso. Não chão, ao lado do buraco, tinha a marca de dois pés voltados para trás. Isso queria "informar" ao usuário onde ele deveria colocar os pés. E ficava agachado. O brabo era que, além de ficar de cócoras, o cara ainda corria o risco de cair um charuto mais pesado e a água subir e molhar o lugar de onde partiu o charuto. O outro risco é que as portas eram abertas embaixo e em cima. Sempre havia um engraçadinho pegando algum objeto e jogando por cima ou pegava alguma coisa e jogava por baixo. Aí era um malabarismo. Pior é que foi verdade.
103) História contada por Oscar Dario: Dito por um morador que estudou as histórias de Capão do Leão , ele conta que o primeiro nome era Taita nome dado pelos indios que morava nessa região. e o local aonde fica hoje o novo Pronto Atendimento era o local de uma grande plantação de pés de Parreiras (uvas) ate hoje existe mourões de pedra da quela época ."
104) História contada por Gilmar Oliveira Maciel: (sobre um time de futebol): Na verdade alguns deles não lembro o nome,só sei que quem formava esta equipe por saber que era o que jogava menos até mesmo pela idade então ele só convocava dez atletas com ele fechava o time,quando chegava a hora do jogo ele alegava que teria que jogar pois estava faltando gente que tinha convidado no minimo mais uns cinco ,lamentavelmente uns tratante.
105) História contada pelo Laco: Quatro amigos foram pescar no canal da Central e um deles não entendia nada de pescaria. Parece que ele era açougueiro. Pois bem, chegando à beira d'água, já se aproximando a noite, armaram uma barraca, tudo a contento. Prepararam os caniços e, liquinho aceso, se foram a caçar sapo para isca. Depois de algum tempo voltaram e começaram a enfiar os bichos nos anzóis. Nesta época, pescava-se de caniço com rolha feita de cortiça (tirada daquela árvore, corticeira, muito comum nos matos, madeira muito leve). As iscas eram minhocão para jundiá e sapo para traíra. As traíras, por terem dentes, comiam tudo, mas, de preferência, sapos e lambaris. Os jundiás, sem dentes, gostavam de minhocão. Então, caçados os sapos, era só uma questão de enfiar o anzol na boca do bicho até sair pela culatra. Alguns pescadores gostavam de amarrar o sapo vivo no anzol, para ele se mexer, atraindo as traíras. Outros esquartejavam o batráquio, para render. Feito isso, linhas n'água. E aí, três começaram a pescar traíras sem parar. E, um deles, o açougueiro, não pescava nada. Os outros estranharam e perguntaram por que ele não estava pescando nada. Ele disse que não sabia. Lá pelas tantas, um dos amigos perguntou como ele tinha iscado o sapo e ele disse: "Ué, enfiei o anzol no cangote". Nisso, um outro amigo pegou uma lanterna e focou na rolha do caniço do açougueiro. O que ele viu? O sapo em cima da rolha. Claro, o sapo foi fisgado pelo cangote e não morreu. Ficou com as pernas livres e pulou para cima da rolha. O interessante foi que as traíras pulavam na rolha para pegar o bicho e não conseguiam, porque ele estava com as patas livres. Cada bote da traíra, o sapo soltava uma patada nela. A traíra dava o bote e o sapo soltava a pata. Tanto na esquerda quanto na direita. Com tanta bravura do bicho, resolveram tirá-lo da água e deixaram-no sair correndo pelo banhado feliz da vida. Claro, esfregando a parte de cima do pescoço. O Laco diz, de pés juntos, que foi verdade.
105) História contada pelo Laco: Há muito tempo atrás, os trabalhadores de campo iam para os experimentos em locais perigosos, onde havia muitas cobras, principalmente cruzeiras. Um desses locais era o "Medonho" que, se não me engano, ficava perto de onde morava a família do Aquilino. Aliás, o próprio nome já dizia como era o local. E era comum o pessoal "almoçar" no local, pois o intervalo do meio-dia era muito pequeno. Quer dizer, se o pessoal fosse almoçar em casa era só uma correria, não dava tempo de descansar. Assim, faziam suas refeições no próprio lugar. E, nesse lugar, sempre havia uma pequena casa de madeira, para alojar ferramentas e outros utensílios, como pratos, panelas, fogareiro etc. Certa feita, resolveram fazer um carreteiro e teve um desses funcionários que encheu a barriga e se foi deitar na sombra, de barriga para cima. Um outro servidor matou uma cruzeira e combinou com seus colegas de colocar a cobra em cima da barriga do que estava dormindo. Feito isso, cochicharam no ouvido dele: "fica quieto, não faz barulho que tem uma cruzeira na tua barriga". O que estava dormindo, abriu um olho e ficou apavorado, mas não se mexeu. Um dos "amigos" disse para ele ficar quieto, não se mexer e pegou um pedaço de pau, levantou e, quando ia sentar o porrete no bicho, o que estava com a cobra na barriga deu um assovio: "fiu, fiu", e, apontando o dedo para a cobra, fez um sinal com o dedo indicar, como se fosse um "não". O sinal de um "não" quando a pessoa não quer falar em voz alta significa o indicador indo de um lado para o outro, querendo dizer: "não faça isso"!. O Laco disse o nome dos servidores, mas pediu para não publicar. Verdade, segundo ele.
106) História contada por Oscar Dario da Luz Gonçalves: O pai e o seu Florício estavam pescando e derrepente um companheiro que estava com eles veio em desparada e passou por cima do fogo correndo . o seu Floricio se assustou e disse o que foi guri ,o guri disse ,um bicho , eles foram ver que bicho era , o bicho era nada mais do que uma bosta de vaca. Na duvida o meu pai confirma.
107) História contada por Oscar Dario da Luz Gonçalves: Quando eu estudava no colégio Treptow ,tinha um colega que gostava de uma guria que morava na Embrapa ,eu e mais um que tambem morava na Embrapa tivemos a ideia de escrever uma carta pra ele no nome dela, marcamos o encontro na casa dela . O pai dela recebeu ele com uma arma, ele chegou la em casa todo cagado de medo. quem me ajudou a escrever essa carta vai se lembrar disso e dizer foi eu.
108) História contada por Oscar Dario da Luz Gonçalves: Uma vez o jacu me disse diz para o teu pai que eu vou dar umas porradas nele, eu era pequeno não sabia se era verdade ou não, falei pro pai pra ele se prevenir. Ele me perguntou quem disse isso eu disse o Jacu, ele riu e me disse vou me cuidar,ele riu porque já conhecia o Jacu eu fui conhecendo ao passar do tempo. Um abraço pra ele.
109) História contada por Oscar Dario da Luz Gonçalves: O fantasma da Baronesa, não era mais nada do que, tinha os coqueiros na época de coquinhos os cachos que todo mundo sabe abre vamos dizer uma casca em forma de barco e esse barco ficava rosando no próprio coqueiro e fazia um barulho estranho. As pessoas já tinha medo ouvia coisas e a imaginação ajudava e as histórias aumentava, basta ver que tinha pés de frutas nos fundos que alguns iam colher na madrugada.
110) História contada por Oscar Dario da Luz Gonçalves: Meu pai foi fotografar uma aula pratica de um professor da Agronomia ,ele conta que o professor não soube a diferença entre um pé de alho e um de cebola ,(ele se confundiu).
111) Não sei onde começa a verdade ou termina a estória: Alguém me contou (não vou declinar o nome) que havia um sujeito no IAS que tinha uma charrete muito linda. Pois bem, certa vez ele se deparou com um casal, cujo marido era engenheiro agrônomo. Para se gabar, ele convidou a esposa para dar uma volta na sua charrete. Meio que sem entender bem, a dita atendeu ao convite e se foram a andar pela vila. Lá pelas tantas, a égua que conduzia a charrete deu um "pum", mas um grande "punzão". O dono da charrete olhou para a mulher e disse: "desculpe, senhora". Ao que, a mulher respondeu de pronto: "Ué, eu pensei que fosse a égua". Se foi verdade eu não sei, mas que me contaram, isso me contaram.
112) História contada por Elvira Vetromilla: Uma noite dessas estava olhando alguns comentários feitos sobre lembranças do IAS e teve um que eu gostaria de acrescentar o pouco que sei: as aulas noturnas, que aconteceram um ano só. Quando o IAS foi criado, foi publicado no Diário PopUlar alguns editais oferecendo vagas para trabalhar nas obras. Li os anúncios e não falavam de escolaridade. As pessoas vieram, trabalharam nas obras, passaram trabalho acampadas em barracões e depois de instalado o IAS, muitos ficaram ali trabalhando, que foram os nossos pais ou avós. Alguns eram analfabetos, outros sabiam desenhar o nome e outros tinham escolaridade. O "Margarida Gastal" ja era no prédio atual. Eu tinha uma tia, Helena, que era secretaria da Direçao, que falou para a minha mãe que era a diretora da Escola na epoca, que todos seriam pressionados para terem todos os documentos, especialmente, que soubessem votar(ate bem pouco tempo se escrevia o nome do candidato na cédula). Não que cultura fosse importante naquela ou em qualquer época, mas eleitores, sim. Para que ninguem fosse prejudicado profissionalmente, minha mãe e minha tia obtiveram autorização para que funcionasse naquele ano a escola noturna. Foi um nivel de frequencia alto para quem tem que trabalhar o dia todo. Todos conseguiram, no mínimo, saber votar. Alguns deixaram de ser operários e passaram para funções administrativas ou de laboratório. No final do ano houve uma merecida formatura. Uma vez o Sr. Oswaldo Ossanes me mostrou a foto da formatura deles. Cada um se apresentou o melhor que pode.
113) História contada por Elvira Vetromilla: Vejo nos jornais noticias de filmes que podem ser candidatos à premiação e fico me lembrando há quanto tempo o cinema é importante para mim. Quando morava no IAS, havia uma pessoa que vinha com certa frequencia e passava filmes, a noite, no prédio que chamávamos de hotel. Como eu era muito pequena, nós sentávamos no fundo da sala, para eu poder ficar de pé na cadeira e enxergar. Sou tão antiga (65 anos) que os filmes eram legendados. Uma noite, meus pais viram que todos olhavam para traz e riam, é que eu estava lendo bem alto, foi quando descobriram que eu já sabia ler, aos cinco anos. Tempos mais tarde, meu irmão fez um cinema na nossa garagem. A mãe tinha ido na liquidação da loja GRAN VIA (que era dos avós da Maria do Carmo Raseira) e nos trouxe um presente estranho - uma coleção de chapas de vidro pintadas, que nós descobrimos que eram histórias infantís. Daí, o Marcos fez uma caixa de madeira, com uma lente, lâmpadas, muitos fios e nós tinhamos uma máquina de filmes. A gente tirava o carro do pai da garagem, qualquer um de nós, era tempo de férias ea gente tinha permissão para juntar gente em casa. Tinha sessão de cinema a tarde. O Dario Maduel lembra do nosso cinema... Mas nosso estoque de filmes cansou e nós descobrimos um catálogo de coisas por reembolso, juntamos nossas "economias" e mandamos buscar filmes, em rolo de papel vegetal. A máquina teve que sofrer algumas alterações, mas vimos os Tres Mosquiteiros e outras maravilhas que nosso pouco dinheiro deu para comprar. Depois a solução foi a gente desenhar. Não ficou bom e o cinema terminou.
114) História contada por Leci Brizolara Berny Volz: Vou contar uma estória que acontecia todas as noites na estrada da Central logo após o Dr Sacco. Tinha um figueirão que ficou conhecida como figueira do já vai. Quando os moradores passavam para ir ao centro espírita se ouvia uma voz que dizia já vai.Dizem que as pessoas tinham medo de passar a pé neste local e nunca passavam sozinhas. Não sei se está correto e se já postaram, Abraços a todos.
115) História contada por Leila Monks Neves Neves: Este mesmo figueirão tambem falavam que aparecia uma noiva sentada no galho se ambalando.
116) História contada por Luiz F. Bonow: Sobre festa de confraternização: Havia, todos os finais de ano, festa no campo do Agrisul, onde cada um ganhava uma garrafinha de Coca-Cola e uma espécie de cachorro quente. Lembro que a Coca-Cola ficava em barris contendo gêlo e serragem. Até hoje, quando vou tomar esse refrigerante, lembro dessas festas e parece que sinto o cheiro de serragem. Dentre as brincadeiras tinha a corrida de saco, a cabra-cega (eu acho, não estou bem lembrado se é esse o nome) etc. Depois, chegava o Papai Noel distribuindo presentes. Eles podem derrubar prédios, mas não vão apagar nossa memória, por isso temos que passar para as outras gerações e, se possível, tornar impresso essa história.
117) História contada por Oscar Dario da Luz Gonçalves: Eu conheci este figueirão diziam que nele um homem tinha se enforcado, por isso esse lugar é chamado de "ja vai".
118) História contada por Luiz F. Bonow: SOBRE A RIVALIDADE ENTRE AGRISUL E CENTRAL Todos sabem que sempre existiu uma rivalidade entre esses dois grandes clubes. Pois bem, certa vez eu jogava pelo Agrisul e teve um jogo contra o Central (no campo do Agrisul). Lá pelas tantas a torcida do Central começou a me vaiar. De repente, sobrou uma bola perto da torcida, peguei a bola e chutei em direção à ela. Nunca esqueço que essa bola foi em direção ao Paulo Maciel. É, claro, que recebi uma enorme vaia. Aí, o seu Artur começou a correr ao lado do campo com um pedaço de pau na mão . Corria toda vez que eu pegava a bola. Final de jogo: 0 x 0 (como, quase sempre, ocorria naquela época). Felizmente, para mim, não aconteceu nada de mais grave. E, vendo o jogo terminar tranquilo, o seu Artur também ficou tranquilo. No final do jogo todos acabaram confraternizando. De outra feita, ocorreu um campeonato de futebol de sete no Agrisul. Juízes: Vidalão e Zezinho Monks. Acabei discutindo muito com os dois. Então... Continuando... Depois que havia jogado o futebol colonial, eu não era muito querido no Agrisul e fui convidado a jogar no Central. O Bolacha e eu (não lembro se havia mais alguém). Quando cheguei no vestiário, estava apreensivo. Porém, acho que nunca havia sido tão bem tratado em um time de futebol. O seu Artur, o seu Vidal e o Zezinho (além de outros que não lembro agora), vieram me cumprimentar. Naquela época, jogador do Agrisul que jogava no Central e vice-versa era taxado de traidor. Depois, foram vários bailes que fui no Central, sempre sendo muito bem tratado. Hoje, consegui uma foto muito antiga, quando jogava pelo Guarany de Cerrito Alegre. Se alguém tiver uma foto quando joguei no Central, ficarei muito agradecido. Realmente, o seu Artur era muito briguento. Ainda bem que não ganhamos o jogo (he..he..).
119) História contada por Elvira Vetromilla: O SORRISO DE MONA LISA. Um dia fui rainha, com uma coroa de papelão, coberta de papel prateado. N a hora da foto ficamos de frente para o sol, olhos fechados, mas o fot´ografo mandou- um sorriso de rainha, saiu o que foi possível. As princesas eram mais inteligentes, olharam pra baixo e não enfrentaram diretamente sol. Esta foto marcou meu futuro - tenho pavor de máquinas fotográficas ou câmeras apontadas na minha direção. Não tenho foto de 15 anos, nem nos 15 anos de ninguem, de casamento, formatura, bodas de ouro dos meus pais. Fotos só de documentos, obrigada. Para o livro da Cascata o Lanzetta tirou foto como pode: eu estava com o cabelo mal retocado, sem pintura alguma, me sentindo como naquele longínquo dia de setembro, sol nos olhos, sorriso de Mona Lisa e o sapato preto da Clark(quem não Lembra?) apertando meu pé...
120) Histórias contada por Elvira Vetromilla:Convivi com todos voces, sem nunca ter podido viver a mesma vida. Viajei nos mesmos Onibus, estive nas mesmas escolas, mas os objetivos que me foram dados eram apenas aproveitar o tempo todo estudando. Nunca fui a um baile do Agrisul ou do Central. Nas ferias, tinha liberdade para andar de bicicleta por onde quizesse. Eu adorava ir no Tio Virgilio e na Tia Aldina. Lã tinha a Lizete, a Maria Edite pra conversar e duas coisas importantissimas - Tia Aldina tinha colecao de revistas de fotonovelas e sempre fazia bolinho de chuva ou roda de carreta quando eu chegavava...
121) História contada por Elvira Vetromilla: Vi que foram postadas muitas fotos de casamentos. Lembro de alguns. Ainda nao havia a Igreja e os noivos precisavam ir ate a Igreja Sao Jose do Fragata. Ai e que o meu pai participava. Nos tinhamos um carro preto Ford, antigo, que levava as noivas, por consequencia, eu tinha um vestidinho branco, sempre o mesmo, que eu era a aia (levava a vela ou as aliancas). As festas eram nos patios das casas, as mesas tinham toalhas brancas (colchas ou cortinas) enfeitadas com ramos de aspargos. Era servida salada, salgados, carnes, tudo feito em casa. Sempre farto. Nesse tempo eu era loira... Ai tive varicela, meus cabelos foram cortados como de gurizinho e ficaram castanhos. Nunca mais fui aia de ninguem, mas ainda continuiei indo a todos os casamentos e tambem o danado do vestido branco tinha ficado muito curto e minha mae sempre foi contra o desperdicio e a futilidade. Se ela visse meu guarda roupas hoje...
122) História contada por um professor da Faculdade de Agronomia (FAEM), ex-morador do antigo IPEAS sobre um funcionário que ele gostava muito. Esse professor atua na área de pastagens e me falou que o IPEAS chegou a ter mais de 1.000 cabeças de gado. Pois bem, esse funcionário era um homem extremamente humilde, devotado ao seu trabalho. Certa vez ele se aproximou do professor, com seus passos curtos e disse que o gado estava com problemas de carrapato e outras doenças. Imed...iatamente, o professor chamou um dos técnicos e pediu para reunir a gadaria. Isso feito, um desses técnicos era muito crente em benzeduras e fez um pedido a esse funcionário: "tu sabes fazer benzedura?". O funcionário, muito humilde e crente neste tipo de reza, disse que sim. Então, o técnico disse para ele: "os animais vão ser recolhidos no brete e depois levados para o banho". Bom, para entrar no banho, eles passam por um corredor muito estreito, onde só passa um animal por vez. Depois, ele cai num buraco cheio de água misturada com produtos químicos que combatem os mais diversos tipos de doenças bovinas, como carrapatos, bernes etc. O técnico era muito crente em benzedura e pediu para o funcionário que fizesse uma reza a cada animal que passasse. Esse mesmo funcionário, como disse, humilde, simples acreditava piamente que um animal pudesse ser salvo com uma benzedura. Feito isso, ele foi no campo à beira do brete e recolheu uma chirca. E, a cada animal que passava, ele levantava a chirca em sinal de cruz e o benzia. Essa história é verdadeira. Esse personagem era o seu Quito e essa história me foi autorizada a contar por sua filha, Stela Maris Pinheiro Lopes.
124) História contada por Leonardo Franco: o tio quito como todos chamavam era o melhor castrador de touros e cavalos ele usava uma faquinha pequena e uma batata ou cebola não lembro bem mas vi e ajudei ele na castração eu era pequeno mas como todo mundo sabe sempre estive envolvido com cavalos e bois junto com seu pedro sandrine e martinzinho tam bem seu almesor pimgo e juca sandrine ,seu darci bica e Jilberto miranda eoutros nuca tive medo e o tio quito gritava assim sugura firme xi gurizinho, ainda lembro como se fosse hoje ele cortava e mandava soltar o animal ,quando o cavalo levantava ele fazia o sinal da cruz com a faca edizia ta benzido. o animal ficava pastando próssimo como se nada tivesse acontecido,
125) História contada por Oscar Dario: Uma vez eu e o pai estávamos melando abelhas e fui buscar uma bacia, quando sai do mato nos fundos de casa, vinha vindo o seu Quito eu fui em direção a ele cheio de abelhas na volta. quando ele levantou a cabeça eu estava perto dele, ele dizia darinho não chega,não chega foi a primeira vez que vi ele com os passos mais rápido. Grande amigo, homem amigo e bom.
123) Geralmente aos sábados o Russo (esposo da Tatiana), morador ao lado da casa do diretor ele juntava toda a gurizada da vila dos lagartos e outros, ia para a frente da casa dos coqueiros, com bolinhas de tênis e atirava só para ver a corrida ,ele se divertia muito,e nós mais ainda, muita saudades
123) Outra história contada por um professor da Faculdade de Agronomia (FAEM
124) História contada por Adão Bilhalva: Minha mãe,in memoriun)Orlandina Gouvêa Bilhalva,sem muita capacitação na area de enfermagem,aprendeu com a vida,com a necessidade de atender,com apoio de seu tio Rivia Davia Carrico,na época emfermeiro e massagista do Gremio Esportivo Brasil.Atendia as pessoas que precisavam de seus serviços,atendendo sem olhar horario,lembro que de um que por varias noites vinham busca-la para aplicação de injeção com horario marcado a noite,a pessoa atendida se chama Adão Martirene Dias,que quis pagar pelo serviços não cobrou,e o Adão não conforme acabou lhe dando um presente que não recordo,assim agradecendo pela atendimento que recebeu.
125) Stela na ordem da esquerda para direita Delamar, Seu João Porteiro,meu pai Izanete,Eu, meu irmão Mozart, Edegar, Seu Quito teu Pai minha irmã Suede, seu Arno Gilmar (bolacha) meu primo Nelci eo Sr do chapéu fico devendo não reconheci talvez alguém do grupo saiba o nome.
126) Francisco Grillo: Não me lembro o nome do açude que ficava atrás da sede do central , o pai tinha duas novilhas naquele campo , num sábado de inverno ensolarado pela manhã eu e o pai fomos de bicicleta para ver as novilhas, para mim que era pequeno era uma viagem muito longa da vila dos lagartos até esse açude, gente eu nunca tinha visto tanta traíra na flor da água aquecendo o sol , eu fiquei enlouquecido vendo aquela cena são coisas do IPEAS, saudades , saudades e mais saudades
127) Francisco Grillo: E as pescarias que eram feitas no canal são gonçalo, antes da construção da barragem da eclusa, quando a água salgava subia em direção à santa isabel , o que você pegava de corvina douradas, miraguaia,burriquetes o José filho do Sr.Juvenal era o cara na pesca da miraguai, esse tempo eu vivi e vim, era muita gente que pescava nas barrancas.
128) Francisco Grillo: O que mais me marcou na minha infância foi as festas de natal que era dada aos funcionários e família ,o campodo agrisul era enfeitados o pinheiro que era a árvore de natal era lindo ,várias bancas com refrigerantes a vontade aquelas barras de gelo inteiras com biruta de madeira,tomava _se a vontade e o churrasco feito na vala,presentes para as crianças coisas boas ,brincadeiras das mais variadas,muitas vezes três dias depois da festa ainda encontrava-se balas pelo campo era simplesmente maravilhoso.
128) Geralmente aos sábados o Russo (esposo da Tatiana), morador ao lado da casa do diretor ele juntava toda a gurizada da vila dos lagartos e outros, ia para a frente da casa dos coqueiros, com bolinhas de tênis e atirava só para ver a corrida ,ele se divertia muito,e nós mais ainda, muita saudades
Pequenos trechos escritos por Francisco Grillo:
- Pai dizia vai na venda do Almezor e traz um pacote de fumo e papel,e bolachas maria meio quilo e querosene para o lampião .
- Seu Mozar, depois que eu fui embora do IPEAS quantas vezes ele me correu na beira do são gonçalo, era proibido pescar, depois descobrir que podia pescar embarcado, aí nunca mais ele pode me correr, tempos bons
- E os pastéis que a dona Irene mãe do Larri fazia e eu entregava lá no edifício , sempre ganhava dois , até agora sinto o cheirinho.
- E as pencas que havia ,Sr .Pedro Sandrini,nos fundos da casas dos Medeiros ,Zeca ganhava sempre era bom .
- Entrando ao lado do portão no campo do Carlito ,quase perto da lagos do fragata ,aqueles açudes que tem lá ,todos os sábados era meu passeio preferido,o pai ia buscar o maquinista e de carona eu ia junto,p pai pegava o maior trator que tinha (CASE)era muito barro era único que não atolava,que aventura para uma criança coisas do IPEAS.
- E as pescarias na ponte da central ,não sei da onde saia tanto peixe,que saudades
- E o sorriso franco e aberto da Cacilda ,não sai da minha mente,quando passava por ela para ir no seu Albino.
- Assistir tv na sede do agrisul aos domingos era tudo de. bom ,canal 5 tv Piratini ,isso quando estava no ar.
- Tenho saudades dos pães que a mãe fazia,no forno de rua,depois botava batata doce delícia
- E pedir alimentos que quando fazero rancho na cooperativa ,eu pago .
- Quem lembra daquela vertente de água cristalina que tinha abaixo da casa do seu Nelson
- Lembro quando o pai matava porco,fazia-se linguiça, patê, morcilha, torresmo, o restante da carne a mãe fritava e botava nas latas grandes misturada com banha para aguentar de um ano para o outro, não tinha energia elétrica , no galpão tinha um varal de linguiça , que saudades
- Guri vai lavar o vidro do lampião,se quebrar vai apanhar ,com essa pressão o que acontecia ...
Outra lembrança viva que tenho é rua com acácias,floridas na primavera,fecho os olhos e sinto aquele perfume, e o chão amarelo das flores que caiam,sou feliz porque vivi isso na minha infância junto dos meus ,isso nunca mais sairá da minha essência.
- Agora olhando a foto do seu Nelson ,me veio na lembrança uma pessoa que eu gostava muito seu Samuel ,morava abaixo do açougue do seu Pedro Sandrine.
- E juntar ovos de marrecas e gansos no banhado,atraz da casa do Manoel Muringa,até perto da cooperativa,que festa .
Vai lá nos guri do João Porteiro e corta o cabelo ,depois tu vais na venda do Almezor e pega umas balas ,ordens do pai .
129) Adão Noguês Gonçalves: Eu nunca tinha caçado marrecão. Fomos caçar um dia, eu, o Corvinho e o finado Shimulfening, abaixo da barragem, no campo que o seu Pedro Sandrini cuidava, não cacei nada, só tomei trago. Mas o Finado Shimulfening queria testar uma arma cano doze, cano montado, nova, que tinha acabado de comprar e deveria ser no outro dia. Como ele não tinha companheiro para ir com ele, porque o Corvinho não podia, tinha compromisso, então, o meu amigo Corvinho teve a idéia de me emprestar uma arma cano 24, cartuchos bem carregados por ele, o macacão de borracha dele e eu fui. No outro dia, cinco horas da manhã eu e o Shimulfening fomos, passamos a manhã toda e os bandos de marrecão só entravam na moita do Shimulfening e para mim nada. Ele atirava duas vezes(cano montado), como estávamos meio longe, pensei que o Shamufa tinha matado um monte, mas não via movimento dele pegando os marrecões. No final da manhã, entrou um casal de marrecões, emparelhei, mirei, atirei e ficaram ali. Fui pegar e o Shimulfening me gritou, "Vamos embora", eu retornei "vamos", ao sair na barranca com as chamas e eu com os dois marrecões, perguntei ao Shimulfening "e ai quantos matasse ?" o que logo me respondeu "nenhum", conclusão: tive muita sorte e mira e ele nenhuma. Esbravejava dizendo que venderia a arma(não vendeu nada, caçou muito marrecão com ela). Eu e o meu amigo Corvinho, nos deitávamos nele sempre e ele um baita camarada, uma personalidade de grande valor, ria bastante e dizia, "mais rapaiz, não é que o Palhinha matou mesmo e eu nenhum". Uma perda lastimável, como pessoa, amigo e um grande
130) História contada por Hélio de Jesus Madruga: Olha essas histórias de venda sempre é muito bom lembrar. Quando vejo a famosa vendo do Beca ou do seu Arno como queiram o que mais ficou gravado em minha memória era quando o Pai pagava as compras do mês do famoso caderno e como forma de agradecimento do vendeiro pelo freguês cumprir com as suas dívidas nós os filhos sempre eramos agraciados com um pacote de balas ou rapadura de palha. Esses gestos pouco se vê nos tempos atuais. Viva AGRISUL, CENTRAL e EMBRAPA, viva nossa infância.
131) História contada pelo Antonio Oscar Freitas: Fernandão,grande amigo,qdo. trabalhavamos junto no celeiro por um bom tempo foi nosso cozinheiro gostava de carregar no tempero não tinha tomate e cebola que chegasse,mas ficava muito bom,quem lembra 1 pedaço de carne para cada um e tinha um espertinho que servia primeiro botava 1 pedaço em baixo enchia o prato de arroz e depois colocava outro pedaço em cima no final faltava carne para o ultimo;ai o Fernandão que não gostava de dar explicação falava que tinha cortado 1 pedaço para cada um.
132) História contada por Edegar Medeiros: Quando era uma penca (carreira)grande,isto é animais de Pelotas e das cidades vizinhas,costumava-se fazer uma penca de matungos no sábado ou no domingo de manhã, para encher o fim de semana;numa dessas se desafiaram oPedro Sandrine com a égua de nome brasilia,o seu Isaltino com a catita,o seu Isanete com o farolito e o seu Belo Bitencurte com o seu cavalo conhecido como o baio do Belo:esse cavalo era famoso não por ser bom de pata e sim porque não alinhava nos trilhos.entre os julgadores foi escolhido o seu Marumbi.Foi dada a largada e como quase sempre acontecia o baio saiu dos trilhos; o Marumbi já meio chumbiado, só olhava pra frente pra ver quem ia passar primeiro, não percebeu que o cavalo vinha exatamente em sua direção,o pessoal todo gritando "sai fora marumbi"que nada o cavalo passou literalmente por cima dele;pobre do Marumbi, foi jogado dentro dentro duma valeta com braço quebrado,costela ate o maxilar quebrado.Saiu dali direto para o pronto socorro e o baio do Belo foram achar uma semana depois la nuns banhados no fundo dos campos do seu Carlito Chaun.
133) História contada por Gilmar Oliveira Maciel: São muitas historias de vez em quando até faca, tiros, soco e alguns laçaso de mango,tala,relho e rebenque ,mas o que jamais vou esquecer é de três grandes amigos que provaram isto para min saudoso negro Nelsom Gonsalvez mesmo de relações cortadas na hora da peleia me gritou to nas tuas costas. Valdemar Terres e Jarbas Silva quando muitos estavam borrados por causa do tiroteio nas penca e eu sobre ameaça não arredaram o pé do meu lado.
134) História contada pelo Laco: História contada pelo Laco (segundo ele, verdadeira, porém ele me pediu para não dizer os nomes): Havia falecido uma pessoa muito querida no IAS e o sepultamento se deu em uma comunidade na colônia. Um dos filhos, que vou chamar de Filho de Tal, deste ente querido foi procurar o pedreiro para fazer o trabalho no túmulo e perguntou o que ia precisar: e o pedreiro, entre outras coisas, pediu 11 sacos de cimento. O Filho de Tal diz que levou um baita de um susto, mas em seguida se recompôs e lascou: "tchê, é só o túmulo do meu pai, não é para toda a família; aliás, muito menos para mim". Diz que foi verdade.
135) História contada por Luiz F. Bonow: Para quem gosta de penca em cancha reta: Aos domingos, quando havia jogos do Agrisul, não havia penca. Ao contrário, quando havia alguma corrida de cavalos naquela cancha reta que ficava a uns 300m da venda do Tio Becker, ou do portão, não ...havia jogo do Agrisul. Era uma dividida. Por poucas vezes havia os dois eventos ao mesmo tempo. Porém, as pessoas não sabiam se assistiam ao jogo ou iam para as "carreiras". O interessante é que nas carreiras havia muitos atrativos, como jogo do osso (que era proibido, mas o pessoal jogava em uma baixada, quase no meio do mato pequeno), havia jogos de cartas (normalmente, pife, bisca...), havia pequenas barracas onde se vendia de tudo, principalmente pastel e rapadurinha de amendoim, amendoim torrado, doce de leite, doce de coco, caramelo, sagu, arroz com leite, pipoca e por aí vai. Era um evento que começava cedo da manhã e se estendia noite a dentro. Aos poucos as carroças, charretes, pessoal a pé, bicicletas e poucos "autos" se iam chegando e se juntando. Por vezes, no inverno, havia um lamaçal. Mas ninguém se importava. Então, os homens iam desencilhando os cavalos para pastarem à soga, porque o dia ia ser longo. As mulheres se juntavam umas às outras para falarem do seu dia a dia, seus afazeres, cuidando dos filhos e tomando um mate com erva cidreira. Um desses frequentadores era meu avô, Adolf Bonow. Ele chegava em sua carroça, com um cavalo bem encilhado, vestia sua roupa domingueira (toda preta, somente a camisa branca), fumando um enrolado, tossindo de vez em quando e rindo à toa, tomando uma cachaça com uma erva fedorenta, de um cheiro de arrepiar qualquer vivente e se mandava ao carteado, deixando minha avó solita observando aquilo tudo, obediente, como toda mulher naquele tempo. E ela ficava quieta, ruminando ausências, ruminando o que ela mais gostava de fazer, ou seja, trabalhar na sua pequena propriedade, cuidando das vacas de leite, indo à lavoura, servindo o café da manhã, o café da tarde, o jantar. Enquanto isto, o dia ia passando... Entretanto, o que mais me chamava a atenção eram os arremates. Até hoje nunca entendi muito bem. O pessoal perdia quase todo o domingo nas contendas e somente quando a tarde já ia longe começavam as corridas. A estas alturas o povo já se ia cansando e aos poucos se retirando para casa pois segunda-feira era dia de recomeçar. Só ficavam lá os que apostavam. No ar ficava uma certa tristeza por aquela domingueira terminar, pois para haver outra carreira levava muito tempo.
Esta foi a primeira casa que morei no Instituto Agronomico. Era tardinha, eu estava com a minha mae, esperando o meu pai que chegasse da oficina. Ficamos poucos anos nesta casa. Fomos depois para a casa perto da Cooperativa. Nesta casa veio morar uma familia que estava provisoriamente no hotel. Toda minha vida os admirei de longe. Seu Arnold, Dona Irene, o Paulo, o Luiz e a Roselaine. Como a Dona Irene era linda e meiga.Parecia que voces tinham uma infancia divertida.
Li no face do Paulo que ele na gostava de passar na rua da frente da casa dos agronomos, bobagem, eu nao usava quase aquele trajeto porque tinha um areiao. Pelo meio do parque, tinha arvore, cheiro de pinheiro, cheiro de vida.
Quanto as divisoes de castas sociaias existiam ateh entre eles mesmos... Nem to todos eram bem nascidos, nem todos eram candidatos ao premio nobel e ainda havia a ^marvada^da indicacao politica. A vida nao mudou muito.
1) TODAS ESSAS HISTÓRIAS FORAM AUTORIZADAS PELAS PESSOAS MENCIONADAS.
2) AS HISTÓRIAS ESTÃO ESCRITAS NA FORMA COMO FORAM ENVIADAS, OU SEJA, NÃO HOUVE NENHUMA CORREÇÃO ORTOGRÁFICA, COM O FIM DE TORNÁ-LAS AUTÊNTICAS, O MAIS PRÓXIMO POSSÍVEL DA REALIDADE.